REN: parte da privatização em bolsa quando mercado melhorar

A privatização da REN será feita em duas partes: uma por venda directa, outra em bolsa, anunciou esta segunda-feira a secretária de Estado do Tesouro, sem avançar datas concretas.

Mria Luís Albuquerque explicou que «a posição do Estado na REN não será vendida em bloco através de venda directa», devido ao «carácter estratégico» da empresa. Assim, «uma parte dos 51% da participação do Estado virá a ser alienada através de uma operação em bolsa, concretizada quando as condições de mercado o permitirem», afirmou, na Comissão Parlamentar de Orçamento e Finanças.

Sem resposta ficou a questão do deputado comunista Paulo Sá, que queria saber quanto estimava o Governo encaixar com as privatizações.

«Tanto no caso da EDP como da REN, o objectivo é encontrar parceiros estratégicos que contribuam para o desenvolvimento» das empresas, afirmou a secretária de Estado.

Na mesma comissão, em que foi discutido o Orçamento do Estado para o ano que vem, a governante explicou que as privatizações previstas serão acompanhadas por comissões independentes para garantir a sua transparência.

«O Governo vai nomear comissões independentes de avaliação dos processos de privatização, que acrescentarão transparência» às operações, disse.