Semapa mantém lucros nos 90 milhões de euros

A Semapa registou lucros de 90 milhões de euros nos primeiros nove meses do ano, uma queda ligeira face aos 90,6 milhões do período homólogo, que reflecte a redução das amortizações e o agravamento das provisões.

O grupo liderado por Pedro Queiroz Pereira revelou que a evolução dos resultados líquidos consolidados resulta da quebra do EBITDA (lucros antes de juros, impostos, depreciação e amortização) em cerca de 14,9 milhões de euros, a redução das amortizações em cerca de 8,8 milhões de euros e ao agravamento das provisões em 24,8 milhões de euros.

No mesmo período, o volume de negócios da Semapa aumentou 7%, para 1.321 milhões de euros, dos quais 77,8% no mercado externo.

No documento divulgado ao mercado, o grupo liderado por Pedro Queiroz Pereira destaca a «elevada solidez financeira num contexto fortemente restritivo no que se refere ao crédito e de crise de confiança no sistema financeiro», visível num acréscimo de 5,6% do cash-flow gerado pelo grupo, para 252,1 milhões de euros, e na redução do endividamento líquido em 67,1 milhões de euros face ao final de 2010.

A Portucel deu o principal contributo para o aumento do volume de negócios do grupo, com um crescimento das vendas de 9,2% nos primeiros nove meses, para 1.095 milhões de euros, o que resultou «de uma evolução positiva do negócio de papel fino de impressão e escrita não revestido (papel UWF) do grupo, ao nível das quantidades vendidas e dos preços de venda, assim como do aumento de energia vendida».



Por seu lado, o negócio dos cimentos deu um contributo negativo ao grupo, com o volume de negócios da Secil a cair quatro por cento face ao registado no período homólogo, reflectindo a menor performance das vendas dirigidas ao mercado interno na unidade de negócio de cimento em Portugal e do conjunto das operações situadas na Tunísia, contrariada pela evolução positiva do volume de negócios das vendas de Portugal para o mercado externo, das actividades desenvolvidas no Líbano e em Angola.