Sindicato acusa CP de «perseguição disciplinar» - TVI

Sindicato acusa CP de «perseguição disciplinar»

Não há mais nenhuma reunião agendada, mas sindicato entende que bom senso vai prevalecer e haverá luz ao fundo do túnel

«Nós não fazemos a greve. Basta a empresa cumprir o acordo e a greve não se realiza». O presidente do sindicato dos maquinistas, Mário Mourão, esteve presente na «Edição das Sete», na TVI24, depois de ter sido anunciado que a paralisação de dia 1 de Janeiro se mantém, e acusou a empresa de fazer uma «perseguição disciplinar» aos trabalhadores.

«Não está em causa o poder disciplinar. Temos dezenas de processos correntes. Não é isso que está em causa. É um argumento [que a CP utiliza] para a opinião pública, mas não é isso. Escrevemos no acordo que não está em causa o poder disciplinar. O que sindicato não pode aceitar é ser perseguido na sua empresa, disciplinarmente, por ter exercido o direito de greve. É proibido por lei» que isso aconteça, defendeu Mário Mourão.

E garantiu: «a intervenção sindical deu a sua quota parte no acordo. Não me venham dizer que é do campo puramente disciplinar. É uma falácia enorme».

Não ficou agendada mais nenhuma reunião entre trabalhadores e administração da empresa. «A reunião de hoje acabou sem a presença do presidente. Nós não aceitamos que queiram fazer dos maquinistas qualquer bode expiatório. Não queremos que façam de nós Egas Moniz da história».

De qualquer modo, o presidente do sindicato dos maquinistas garantiu: «Disse e reafirmo que estamos abertos» a «sentarmo-nos à mesa com a administração» e voltar às negociações. «Queremos resolver o conflito seriamente».

«Somos pessoas de boa fé, somos optimistas de que haverá, de que vai prevalecer bom senso a qualquer momento».

Sobre a greve que se completou na quadra natalícia, terão sido ou não cumpridos os serviços mínimos? Este responsável diz que sim, que «foram sempre assegurados como em greves anteriores». A empresa é que «tem um argumento que não é verdadeiro. Os que não foram cumpridos é porque empresa não reuniu condições logísticas para o efeito. Um maquinista de Coimbra não pode realizar serviços no Porto», exemplificou, para depois dizer que, «se alguém é responsável» pelo facto de os serviços mínimos não terem sido cumpridos é «a administração da empresa».
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