TAP: greve dos pilotos deixa 31 aviões em terra - TVI

TAP: greve dos pilotos deixa 31 aviões em terra

Até ao 12:30 foram realizados 159 voos e cancelados 31, de acordo com o último balanço feito pela companhia aérea

Relacionados
Hoje é o quinto dia de greve dos pilotos da TAP e a paralisação continua a causar transtornos aos passageiros. Até ao 12:30, último balanço atualizado feito pela empresa, foram realizados 159 voos e cancelados 31.

Do total de aviões que não levantaram voo, 13 são da TAP e 18 da PGA.

A greve dos pilotos vai precisamente a meio e já gerou, segundo as contas do Governo, perdas de 10 milhões de euros.

No dia 10 de maio, último dia da paralisação, está marcada uma nova assembleia-geral de pilotos onde, caso se mantenha o braço-de-ferro entre os trabalhadores, Governo e administração, serão equacionadas novas formas de luta
  
De acordo com o jornal Diário Económico, o fundo de greve criado para pagar as perdas salariais dos pilotos que aderiram a esta paralisação permite ao Sindicato suportar mais de 15 dias de greve. A maior parte dos pilotos acaba até por não recorrer a este fundo. 
  
Caso o cenário de uma nova greve se confirme, poderá acontecer na última semana de maio ou mesmo na semana dos feriados de junho. 

Em reação a esta notícia, o Sindicato diz apenas que "as novas medidas serão anunciadas a seu tempo". 

Os pilotos da TAP cumprem hoje o quinto de dez dias de greve, por considerarem que o Governo não está a cumprir dois acordos, assinados em 1999 e em dezembro de 2014.  

O primeiro conferia aos pilotos uma participação de até 20% da TAP em caso de privatização, em troca de atualização dos salários, mas o Governo diz atualmente que a pretensão não tem qualquer validade, remetendo para um parecer do conselho consultivo da Procuradoria-Geral da República, que dá aquela pretensão como prescrita.  

O segundo acordo juntou nove sindicatos, em dezembro passado, mas o SPAC diz que o Governo não pretende cumpri-lo, o que é manifesto pelo facto de não ter incluído sanções ao incumprimento no caderno de encargos da privatização. Neste ponto, o mais polémico é a reposição das diuturnidades (subsídio de senioridade), congeladas sucessivamente desde o Orçamento de Estado para 2011.  

O primeiro dia de greve ficou marcado ainda por uma reunião do Governo com o presidente da TAP, Fernando Pinto. No final da reunião, o ministro da Economia, António Pires de Lima, afirmou aos jornalistas que já não havia "nada para negociar" com os pilotos.  

Nos dez dias de greve, deverão ser afetados cerca de 3.000 voos e 300 mil passageiros.
Continue a ler esta notícia

Relacionados