Telecoms: veto do Governo põe futuro da Vivo em «xeque» - TVI

Telecoms: veto do Governo põe futuro da Vivo em «xeque»

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Investidores acreditam que Vivo nas mãos da Telefónica é «uma questão de tempo»

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O veto do Governo português à venda da Vivo à Telefónica «ampliou o impasse e colocou em xeque o futuro» da operadora luso-espanhola no Brasil, noticia esta quinta-feira a imprensa brasileira.

Após dois meses de uma negociação «desgastante» e da terceira oferta da Telefónica, no valor de 7,15 mil milhões de euros, os accionistas da PT aprovaram o negócio, mas o Governo português utilizou, de forma «surpreendente e tardia», o direito de veto através da «golden-share».

«Agora, o futuro [da Vivo] não deve ser nada brilhante, diante dos recentes movimentos dos concorrentes no mercado brasileiro», escreve o «Valor Económico».

O diário salienta que a terceira oferta da Telefónica corresponde a três vezes o valor de mercado da Vivo, 35 vezes o valor dos lucros esperados e mais de 90 por cento do valor de mercado da própria PT.

«Sem uma integração entre Vivo e Telesp (operadora fixa já detida pela Telefónica), ambas perdem força no mercado», sublinha o mesmo jornal.

Vivo deve juntar-se à Telesp para crescer

Juntas, Vivo e Telesp formariam o maior grupo de telefonia do Brasil, com uma facturação anual de cerca de 31 mil milhões de reais (14,1 mil milhões de euros).

«O efeito negativo [do veto português] só será sentido no médio prazo, com a perda de participação no mercado de cada uma delas. Tanto a administração da Vivo como a da Telesp sabem disso e estão bastante preocupadas», refere o diário.

O Brasil é o único país onde a Telefónica ainda não opera telefonia fixa e móvel de maneira conjunta.

Enquanto a Telefónica tem dificuldades para integrar as suas operações, os principais concorrentes do grupo espanhol já preparam a operação global de seus activos, como o grupo de Carlos Slim.

Já a Oi, operadora controlada por grupos brasileiros, «deve fortalecer-se depois que conseguir melhorar o perfil de sua dívida».

«Neste cenário, a Vivo, que duplicou seu valor de mercado nos últimos anos, pode deixar a liderança do sector», escreveu o «Valor Económico».

Apesar da «má acolhida da decisão do Governo português», os investidores acreditam que a compra da Vivo pela Telefónica é «uma questão de tempo».
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