Telefónica reúne quadros de topo. Em discussão: OPA à Vivo

A Telefónica não desiste tão facilmente da brasileira Vivo. O presidente da operadora espanhola reuniu-se com 150 executivos de topo da empresa entre terça e quarta-feira da semana passada, em Barcelona. Para além do balanço do primeiro semestre, a novela PT/Vivo também foi tema de debate, segundo o jornal espanhol «El Confidencial». Lançar uma OPA à Vivo é um dos cenários possíveis.

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A Vivo é mesmo «a operação» prioritária para a operadora espanhola, disseram fontes próximas da empresa ao mesmo jornal.

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E por isso a Telefónica tem já uma série de advogados a estudar as melhores estratégias para que a empresa saia vencedora deste caso, já que mais de 70% dos accionistas da PT aprovaram, em Assembleia-geral, a venda da participação portuguesa na Vivo. Aguarda-se agora a decisão do tribunal europeu sobre a legalidade da «golden share» na PT.

«Telefónica necessita já de uma mudança»

Quarta-feira é o dia da revelação. Mas, mesmo que Portugal tenha de extinguir estas acções douradas, terá um ano para fazê-lo, o que é, aponta o mesmo jornal, «um tempo eterno para a Telefónica que necessita já de uma mudança».



Daí que uma das saídas possíveis é reforçar a oferta pela Vivo, que rondaría os actuais 7,15 mil milhões de euros. Só que a subida da parada seria debatida apenas pelo conselho de administração da PT. E seria dali que saíria uma decisão, sem que ela fosse remetida para uma nova assembleia-geral. Ou seja, uma manobra estratégica para contornar a força da «golden share».

Para isso, o presidente da Telefónica tem de ter, de antemão, o apoio dos accionistas portugueses, sobretudo o BES e a Ongoing que, juntos, detêm 15% da PT.