Tribunal decide hoje fecho da Rohde - TVI

Tribunal decide hoje fecho da Rohde

Rhode

Trabalhadores aprovam encerramento da fábrica de calçado

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O tribunal de Santa Maria da Feira decide esta terça-feira o futuro da Rohde e tudo aponta para o decreto do encerramento. Esta decisão significará o desemprego para os cerca de 980 trabalhadores que faziam da fábrica a maior empregadora nacional da indústria do calçado.

Fernanda Moreira, do Sindicato dos Operários da Indústria do Calçado, Malas e Afins dos Distritos de Aveiro e Coimbra, disse à Lusa que, para a assembleia de credores, que se realiza esta manhã no Pavilhão das Lavandeiras, «o que está previsto é os trabalhadores votarem a favor do encerramento da empresa».

«As pessoas não aceitam o último plano de viabilização da Rohde, que só propõe a manutenção de 150 postos de trabalho», explicou a dirigente sindical.

«Depois das expectativas criadas da primeira vez, quando se falou em preservar 450 empregos, toda a gente desconfia deste plano, que só poupa 150», acrescentou.

Outro aspecto a motivar rejeição por parte do pessoal da fábrica é o facto de a preservação desses 150 postos de trabalho depender da liquidação da Rohde e da criação de uma nova empresa, que iria funcionar gratuitamente nas instalações da primeira durante um ano.

Quanto ao futuro profissional das cerca de 980 pessoas que se mantêm afectas à Rohde, apesar de neste momento terem os seus contratos suspensos, a dirigente referiu: «O sector do calçado está a contratar, mas é em pequenas e micro empresas, portanto as perspectivas não serão de emprego certo nem de um contrato estável».

Entretanto, o Sindicato está a negociar com o Instituto do Emprego e da Formação Profissional «condições de atendimento especiais» para os futuros desempregados da Rohde, dado que acolher 980 operários na delegação que esse organismo ocupa em S. João da Madeira inviabilizaria o seu normal funcionamento.

Uma das soluções previstas para parte do actual edificado da Rohde é, aliás, que venha a acomodar um Centro de Emprego e também uma Loja do Cidadão.

«Ainda não está nada oficializado», disse Fernanda Moreira, «mas é disso que se tem vindo a falar».
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