Subsídios de desemprego podem baixar até 20% - TVI

Subsídios de desemprego podem baixar até 20%

Novas regras vão ser postas em prática já no segundo semestre deste ano

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Os cortes no valor do subsídio de desemprego deverão afectar sobretudo os desempregados da classe média e podem chegar até aos 20%.



O Governo deu a conhecer ontem, aos parceiros sociais, as propostas de alteração ao subsídio de desemprego e, segundo o «Jornal de Negócios» o valor da prestação social pode baixar até àquela percentagem. Sem grandes cortes directo no subsídio, estão os apoios recebidos pelos trabalhadores mais pobres.

Quem mais perde com as novas regras?



Contas feitas, quem mais vai sofrer com o decréscimo do valor atribuído são os trabalhadores que antes auferiam salários mais elevados. Já que o subsídio não pode ultrapassar os 1.258 euros, quem chegou a ganhar 2.300 euros no último emprego, bem pode ver o saldo da sua conta bancária mais magro no final do mês.



O Governo quer que o montante mensal do subsídio de desemprego nunca seja superior a 75% do valor líquido da remuneração de referência, isto em relação aos ordenados do trabalhador nos últimos meses de actividade. O que contraria o valor de 419,22 euros fixado como o limite mínimo do subsídio de desemprego.

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E se antes a taxa de substituição do subsídio, isto é, a relação entre a prestação social e o salário bruto correspondia a 65% deste último, com as novas alterações vai passar a cair para os 52%, revela o mesmo jornal.



E tudo a partir de agora. As novas regras vão ser postas em prática no segundo semestre deste ano e não vão abranger apenas os novos beneficiários. Ou seja, quem estiver desempregado há mais de um ano, vai ser obrigado a aceitar um emprego, no caso de passar a receber o mesmo valor do subsídio.



A ministra do Trabalho, Helena André, argumentou ontem que «isto é para casos em que o subsídio de desemprego era idêntico ao salário líquido recebido, o que não incentivava a regressar ao mercado de trabalho», disse, segundo a agência Lusa. Na prática, explica o «Jornal de Negócios» os impactos vão ser maiores para os trabalhadores cujos salários brutos variem entre os 700 e os 2300 euros.
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