UTAO considera que Orçamento é pouco transparente - TVI

UTAO considera que Orçamento é pouco transparente

Maria Luís Albuquerque (MÁRIO CRUZ/LUSA)

Unidade de Apoio Orçamental apresenta mais de 30 pontos que, segundo a instituição, deveriam ser incorporados na proposta orçamental

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A Unidade Técnica de Apoio Orçamental considera que o Orçamento do Estado para o próximo ano pode ser mais transparente e pede mais informação ao Governo, apresentando mais de 30 pontos que deveriam ser incorporados na proposta orçamental.

 

«Não obstante o exercício orçamental para 2015 apresentar alterações relevantes, haverá domínios onde existe margem para incrementar a transparência orçamental», refere a UTAO no relatório final de análise à proposta de Orçamento de Estado para o próximo ano, a que a Lusa teve acesso.

 

Na análise, os técnicos independentes de apoio ao Parlamento consideram positiva, entre outras, a inclusão no orçamento de «um número significativo de entidades no perímetro das administrações públicas» (no seguimento do novo Sistema Europeu de Contas 2010 e das regras europeias a ele associadas), de uma análise de riscos do cenário macroeconómico e de um capítulo com a despesa por programas orçamentais.

 

Ainda assim, e para «aumentar a abrangência e melhorar a qualidade do relatório do orçamento», a UTAO apresenta um conjunto de 31 pontos que, defende, deveriam ser incluídos na proposta orçamental.

 

Os técnicos pedem a apresentação da «estimativa para a receita fiscal que tem origem no aumento da eficiência fiscal por tipo de imposto» e da «projeção para a receita bruta de impostos, para as principais categorias de impostos, identificando igualmente a previsão de reembolsos», entre outras.

 

A UTAO apela ainda à inclusão relatório do Orçamento do Estado do «orçamento dos principais serviços integrados e serviços autónomos, nomeadamente Caixa Geral de Aposentações, ADSE, Serviço Nacional de Saúde, Instituto do Emprego e Formação Pessoal e as principais empresas públicas reclassificadas, tal como a “inclusão de uma secção de riscos relativos a Parcerias Público-Privadas».

 

Os técnicos independentes pedem ainda mais informação sobre a dívida e necessidades de financiamento das empresas públicas reclassificadas (por entidade) e apelam à «elaboração de uma análise da sustentabilidade da dívida pública».

A Assembleia da República discute esta quinta-feira, na generalidade, a proposta de Orçamento de Estado para 2015, ano que o Governo pretende acabar com um défice de 2,7% do PIB, acima da meta de 2,5% acordada com a troika, e com um crescimento económico de 1,5% do PIB.

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