O primeiro-ministro disse esta quarta-feira saber os esforços que o país tem feito nestes tempos de crise, antes de anunciar um pacote de medidas austeras que serão a espinha dorsal do Orçamento do Estado (OE) para 2011.
«Sei bem dos esforço do país», mas «todos os países estão a fazer um esforço adicional», disse, antes de exigir também aos portugueses mais sacrifícios.
O chefe do Governo classificou o esforço adicional pedido aos portugueses como «necessário para equilibrar contas públicas» e «essencial para defender a credibilidade externa do país, garantir o financiamento da economia nacional e assegurar o futuro do Estado social».
«O que está aqui em causa é defender o nosso modelo de sociedade», concluiu.
Falando das taxas de juro que empresas, famílias e o próprio Estado pagam para se financiarem, José Sócrates lembrou que só com a redução do défice podemos «sair de vez da lista de países expostos aos ataques dos mercados financeiros».
«Perante a instabilidade e turbulência dos mercados financeiros, o Governo tem de dar sinais convincentes e claros, eliminando todas as dúvidas» de que vai cumprir os compromissos internacionais, acrescentou.
Uma mensagem que o ministro das Finanças, também presente, fez questão de enfatizar: «as instâncias internacionais estão à espera de um sinal do país, de que é capaz de resolver os desequilíbrios orçamentais».
Veja aqui as medidas para o OE 2011
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![Sócrates: «Estamos a defender o interesse nacional» - TVI Sócrates: «Estamos a defender o interesse nacional» - TVI](https://img.iol.pt/image/id/13324093/400.jpg)
Sócrates: «Estamos a defender o interesse nacional»
- Paula Martins
- 29 set 2010, 21:56
![José Sócrates (LUSA)](https://img.iol.pt/image/id/13324093/1024.jpg)
Governo explica que medidas austeras para o OE 2011 pretendem aliviar condições de financiamento do Estado, empresas e famílias
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