Espanha: «Ajuste drástico» de 27 mil milhões no OE - TVI

Espanha: «Ajuste drástico» de 27 mil milhões no OE

Soraya Sáenz Santamaría

Governo não toca no IVA mas apresenta outras medidas

Relacionados
O Governo espanhol aprovou esta sexta-feira um «ajuste drástico» de 27 mil milhões de euros no Orçamento do Estado para 2012, com um corte de 16,9% nos gastos ministeriais e ajustes ao Imposto das Sociedades, entre outras medidas. Isto no dia em que o presidente do Eurogrupo e o comissário europeu para os Assuntos Económicos admitiram que a situação do país é (muito) difícil.

O Governo não toca no IVA, alterará o Imposto das Sociedades para as grandes empresas, mantém a atualização das pensões, congela o salário dos funcionários, mantém as prestações por desemprego e o gasto social como, por exemplo, as bolsas.

«Todos conhecem a difícil situação que atravessa o nosso país, numa situação limite das contas públicas e de desemprego de mais de 5,3 milhões de desempregados. Momento que exige importantes esforços de consolidação fiscal, redução do défice e reformas estruturais para crescer e criar emprego», disse a vice-presidente e porta-voz do Governo, Soraya Saénz de Santamaria, ao apresentar os detalhes do projeto de lei do Orçamento do Estado para 2012, numa conferência de imprensa depois da reunião do Conselho de Ministros no Palácio da Moncloa.

«Os esforços do Governo vão destinados a pôr em marcha todas as medidas para dar a volta à situação. Para que possamos voltar acrescer e a contratar postos de trabalho».

E assegurou: «Se a situação económica tivesse sido outra as decisões deste governo teriam sido muito diferentes». «Mas temos um défice de 8,51%, muito acima dos 6% prometidos».

«A nossa primeira obrigação é voltar a conseguir contas públicas saneadas. Mas não a qualquer preço, sim com medidas que apoiem os que na sociedade mais precisam e a não paralisar a possível recuperação e criação de estado», cita a Lusa.

Assim, explicou, o Governo aprovou «um ajuste drástico nos orçamentos dos Ministérios» garantindo apoios para os que «pior estão a viver» a atual situação.
Continue a ler esta notícia

Relacionados