PSD: Catroga deverá liderar negociação com Governo - TVI

PSD: Catroga deverá liderar negociação com Governo

Passos Coelho garante que nunca deixará o país entrar em incumprimento, mas também avisa que não passa cheques em branco

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Eduardo Catroga deverá liderar a equipa do PSD que vai negociar com o Governo as medidas de austeridade com que o país vai comprometer-se junto do Fundo Monetário Internacional (FMI), Banco Central Europeu (BCE) e Comissão Europeia (CE), a julgar pelas declarações proferidas esta segunda-feira pelo líder do partido, Pedro Passos Coelho, em entrevista à TVI.

Sem ser peremptório na resposta, o líder social-democrata sublinhou que «o PSD tem trabalhado com uma equipa de grande competência numa proposta de médio e longo prazo para a economia portuguesa, liderada por Eduardo Catroga». E, admitiu, a equipa que negociará com o Governo, «sairá de dentro deste grupo liderado por Eduardo Catroga».

O Governo, ainda que de gestão, vai negociar nas próximas semanas com o FMI, o BCE e Bruxelas as medidas de austeridade que o país terá de implementar em contrapartida pela ajuda financeira externa. O compromisso terá de ser assumido antes das eleições legislativas (a 5 de Junho), uma vez que o pacote deverá estar fechado a 16 de Maio, na reunião do Ecofin. No entanto, o compromisso nacional só poderá ser assumido com o acordo do PSD, já que, se este partido vencer as eleições no próximo dia 5 de Junho, terá de o aplicar.

«O Governo vai ter de negociar em nome de Portugal. Cabe ao Governo dizer como pretende conduzir negociações», afirmou Pedro Passos Coelho, admitindo que «a situação é de desespero financeiro».

«Por isso o PSD apoia este pedido de ajuda. Sem acordo do PSD essa ajuda externa não virá. Eu nunca deixaria o país ir à falência, faltar, não assumir um pagamento que tivesse de fazer, custe isso o que custar», garantiu. Ainda assim, também avisou: «Ninguém passa um cheque em branco». Por exemplo, «não aceitava que se mexessem nas pensões mais degradadas em Portugal».

«A austeridade tem de conseguir apostar no crescimento da economia e na criação de emprego. É este o papel que nos cabe», explicou, «de sensibilização junto da União Europeia e do FMI, para a necessidade de margem mínima para apostar na economia».

Na mesma entrevista, o líder do PSD defendeu que a austeridade, que já tem castigado as famílias e as empresas deve agora chegar ao Estado. Já sobre eventuais coligações depois das eleições, admitiu uma aliança com o CDS e até com o PS, mas nunca com José Sócrates
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