António Pires de Lima disse esta sexta-feira ser «quase inevitável a pressão de uma entidade como o Fundo Monetário Internacional (FMI) para Portugal fazer as reformas» necessárias se não existir um Orçamento que permita cortar a despesa em 2011.
O presidente da Unicer e ex-dirigente do CDS-PP acrescentou que «infelizmente, estou a começar a acreditar que só com a intervenção dos nossos credores, através provavelmente do FMI, vamos ter a coragem de conseguir fazer aquilo que é preciso fazer».
Pires de Lima acredita, contudo, que não será necessário fazer um Orçamento rectificativo e acredita que o Governo vai cumprir a meta de 7,3% de défice para este ano: «O que não me parece é que essa meta vá ser atingida, pelos dados que dispomos neste momento, de uma forma mais saudável, isto é, com o corte na despesa que tinha sido estimado».
O democrata-cristão sugeriu que a redução de salários dos funcionários públicos, «pelo menos em determinados níveis», deveria ser um tema a ponderado no próximo Orçamento do Estado.
Empresários têm de reagir à crise de forma positiva
Já o presidente da Semapa, Pedro Queiroz Pereira, disse esperar que Portugal consiga honrar os seus compromissos e defendeu que os empresários têm de reagir à crise de uma «forma positiva».
«Sou empresário, não sou governante, não sou gestor público. Espero que o país consiga honrar os seus compromissos», disse Pedro Queiroz Pereira.
Para o líder da Semapa, a crise económica «não facilita» a vida aos empresários, mas «temos de reagir a isso de uma forma positiva», defendeu, afirmando ter «confiança de que os problemas se hão de resolver».
Os presidentes da Semapa e da Unicer estiveram presentes na da 10.ª Conferência Anual ¿Visão de um futuro sustentável¿, que decorreu hoje no Estoril.
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Crise: «Entrada do FMI é quase inevitável»
- Redação
- RL
- 16 set 2010, 21:16
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Ex-dirigente do CDS diz que só com o FMI «vamos ter coragem de fazer aquilo que é preciso», mas acredita que não será necessário um Orçamento rectificativo
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