No Natal, comem-se muitos doces, mas o deste ano pode ter um sabor mais amargo. Há supermercados que estão a racionar a venda de açúcar, estão a limitar os quilos comprados por cliente.
Tem tudo uma explicação: o preço do açúcar nos mercados internacionais disparou no mês passado, o que está a complicar a vida aos produtores, aos vendedores e parece que pode vir a complicar também a dos consumidores.
Ainda se vende, mas com limites em alguns locais. Poderá chegar a haver uma ruptura de stocks? A Associação Portuguesa das Empresas de Distribuição, embora admite alguns problemas, não acredita: «Realmente estão a acontecer pontualmente em algumas cadeias que estão a limitar compra, mas a situação não é generalizada. Não estamos a prever que vá haver ruptura a nível geral», disse à Agência Financeira fonte oficial da APED que quis «tranquilizar consumidores» em como há açúcar para todos.
Horas depois, a APED enviou um comunicado às redacções garantindo que «não haverá qualquer problema na comercialização deste produto se a procura se mantiver nos níveis habituais para esta altura do ano» e que «os casos pontuais de racionamento de açúcar estarão normalizados dentro de poucos dias».
No entanto, a cooperativa de refinarias RAR já parou temporariamente a actividade, segundo vem sendo noticiado nos media. Mas, à AF,a RAR disse não ter qualquer esclarecimento a prestar.
Há falta de rama da cana-de-açúcar no mercado internacional. Se a matéria-prima está mais cara, aumenta também o custo das exportações do Brasil para a União Europeia, por exemplo. Ou seja, deixou de ser um destino de eleição.
Está a produzir-se menos e isso vê-se nas prateleiras e no preço a pagar pelo açúcar que aumentou para mais do dobro nos últimos meses.
Por agora, os consumidores podem comprar, em alguns supermercados apenas dois pacotes. Nas médias e grandes superfícies ainda é possível levar mais um.
Veja aqui a reportagem em vídeo
[Notícia actualizada às 18h30 com mais declarações]
Natal mais amargo: há falta de açúcar no mercado
- Redação
- Vanessa Cruz com TVI
- 10 dez 2010, 14:09
Preço da matéria-prima nos mercados internacionais disparou no mês passado. Produz-se menos e isso vê-se nas prateleiras dos supermercados
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