Previsões OCDE: Grécia melhora, Portugal só cai - TVI

Previsões OCDE: Grécia melhora, Portugal só cai

Euro

Previsões para a economia nacional têm mostrado tendência de queda há 11 meses consecutivos

Até a Grécia vê o seu indicador para a economia, nos próximos meses, a melhorar. Já Portugal só recua nas previsões da Organização para a Cooperação e Desenvolvimento Económico.

Os dados que a OCDE divulgou esta segunda-feira mostram que, se em Novembro o indicador compósito para a economia portuguesa caiu para 96,97% da média da série, em Dezembro baixou ainda mais, para os 86,48%. Uma tendência que se verifica há 11 meses consecutivos.

Os indicadores avançados da OCDE visam prever pontos de viragem na tendência da actividade económica nos seis a nove meses seguintes. Ou seja: um ponto de viragem nos indicadores da OCDE (por exemplo, uma retoma) é seguido seis meses depois pela economia real.

E se Portugal tem sido comparado por muitos com a Grécia, a verdade é que até Atenas - que aprovou este domingo, no Parlamento, o novo pacote de austeridade com violentos protestos à porta - vê o seu indicador melhorar, ainda que ligeiramente, de 98% para 98,32% nos próximos meses, de acordo com as mesmas previsões.

Os dados para Portugal são coerentes com as previsões económicas do Governo e do Banco de Portugal, que esperam que este ano se registe em Portugal uma contracção do PIB na ordem dos 3%.

Já na OCDE como um todo, a actividade económica aponta para uma viragem positiva da tendência de crescimento.

Se nos focarmos apenas na Zona Euro, apesar da tendência de queda se manter, a a organização detecta já «sinais preliminares de que a recente deterioração nos CLI [indicadores compósitos avançados] se está a moderar».

Em sete dos 15 países que partilham a moeda única, os indicadores apontam já para uma retoma. Não é claramente o caso de Portugal.

Entre os casos positivos, há a citar, por exemplo, o da Irlanda, cujo indicador sobe de 100,83% para 101,01%, bem como os casos da Holanda e de Espanha, com subidas de 99% para 99,03% e 100,24% para 100,43%, respectivamente.

Já França, Alemanha, Itália e Luxemburgo deverão, segundo estas previsões, ver a actividade económica abrandar.
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