«Impulso Jovem» será estendido ao Algarve

[Notícia atualizada às 17h50]

O programa de combate ao desemprego «Impulso Jovem» será estendido à região do Algarve, anunciou esta terça-feira o ministro Adjunto e dos Assuntos Parlamentares, Miguel Relvas.

«O Instituto do Emprego e Formação Profissional está neste momento a fazer um levantamento e a definir, em termos orçamentais, a utilização de verbas nacionais para que o programa possa ser desenvolvido no Algarve», disse o governante, que está a ser ouvido numa comissão parlamentar.

«Nos próximos dias espero poder avançar valores concretos», acrescentou Miguel Relvas.

O programa, anunciado na semana passada em Conselho de Ministros, possui um fundo superior a 344 milhões de euros (com recurso a verbas comunitárias) para um universo de 90 mil jovens, dando prioridade às chamadas regiões de convergência (Norte, Centro e Alentejo).

Governo «reconheceu erro», afirma PS/Algarve

O deputado socialista Miguel Freitas disse que o Governo «reconheceu um erro» ao estender o programa Impulso Jovem ao Algarve, mas pediu que seja clarificado se esse alargamento abrange todo o programa ou apenas o Passaporte Emprego.

«O ministro Miguel Relvas veio dizer que o programa Impulso Jovem vai se estendido ao Algarve. Fez bem, reconheceu um erro, mas não disse se todo o programa vai ser estendido ao Algarve», disse à Lusa o deputado eleito pelo círculo eleitoral de Faro.

O deputado Miguel Freitas - que também lidera a Federação do PS/Algarve - sublinhou que o programa de estágios profissionais Passaporte Emprego apenas abrange 25% do montante total de 344 milhões de euros do Impulso Jovem.

«Nas perguntas que fizemos ao Governo tínhamos pedido a clarificação sobre que medidas e qual o orçamento para o Algarve do programa Impulso Jovem e dissemos que era preciso estender o Passaporte Emprego à região», recordou, sublinhando que ainda continua «à espera dessas respostas».

Sobre a provisão orçamental para a execução dessas medidas na região - uma vez que o Algarve não é uma região de convergência e portanto não tem direito a fundos comunitários para o efeito -, o deputado socialista defende que deveria advir do orçamento da delegação regional do IEFP.

«Todos os anos sobram 30% das verbas dos projetos existentes, ou por desadequação ou por falta de execução. Era a essas verbas que se deveriam ir buscar esses fundos».

Segundo Miguel Freitas, o programa do Executivo para a criação de emprego jovem «não é perfeito, mas é um contributo interessante e está no bom caminho».