Previsões agravadas: PIB cai 3,3%, desemprego nos 14,5% - TVI

Previsões agravadas: PIB cai 3,3%, desemprego nos 14,5%

Desemprego deverá ficar nos 14,5% em 2012

Relacionados
O ministro das Finanças, Vítor Gaspar, disse esta terça feira que o Produto Interno Bruto (PIB) nacional deverá cair 3,3 por cento este ano. Esta é uma revisão em baixa de três décimas face às previsões aquando da última avaliação da troika, há três meses.

A oposição já reagiu dizendo que «o ministro fala como se estivesse tudo bem». Já o CDS afasta o cenário de mais austeridade. A CGTP, por sua vez, diz que o Governo tem «dois pesos e duas medidas», não anunciando «qualquer medida para os desempregados».

Recorde-se que na proposta de Orçamento do Estado para 2012, o Governo previa uma contração da economia de 2,8 por cento.

O anúncio do ministro vai de encontro às mais recentes previsões de Bruxelas. A Comissão Europeia reviu, na semana passada, em baixa as suas previsões para a evolução da economia portuguesa, e espera que a economia contraia 3,3% em 2012, muito pior do que os cálculos para a Zona Euro (-0,3%). Nas previsões intercalares divulgadas pela Comissão para os 27, só na Grécia (-4,4%) está prevista uma recessão mais grave do que em Portugal.

O ministro sublinhou que esta previsão se trata de «um cenário central rodeado de incerteza» e que «a viragem cíclica da economia será percebida com atraso». Por exemplo, o desemprego, indicador mais importante dessa viragem, «continuará a crescer em 2012 e no princípio de 2013», admitiu.

Um corte de previsões que «deve ser colocada em perspetiva», já que a Comissão Europeia reviu em baixa as projeções para a Zona Euro em oito décimas, quase três vezes a revisão para Portugal. Além disso, no caso nacional, o corte de projeções deve-se a «causas externas».

Tendo em conta que a economia nacional se contraiu cerca de 1,5% em 2011, em vez dos 2,2% estimados, no conjunto dos dois anos, o PIB deverá contrair-se 4,8%, mesmo assim, uma décima menos do que se previa no Outono.

«Em 2013 já estaremos em período de recuperação económica», assegurou.

O Governo aponta para uma taxa média de 14,5% este ano e uma redução em 2013 para «pouco menos de 14%».

Gaspar recusa pedir mais tempo ou mais dinheiro à troika para equilibrar as contas públicas.
Continue a ler esta notícia

Relacionados