O vice-presidente do Banco Central Europeu, Vítor Constâncio, não põe de parte a possibilidade de Portugal vir a precisar de um segundo programa de ajustamento económico.
É um cenário que «tem de estar sempre em avaliação», admitiu, citado pela Lusa, em Copenhaga, no final de dois dias de trabalho dos ministros das Finanças da União Europeia e de outros intervenientes no setor financeiro europeu.
«Está tudo sempre debaixo de análise e dependente da evolução de situações concretas nos mercados financeiros».
O responsável do BCE destacou,no entanto, a melhoria recente nos juros portugueses, «uma perceção» dos mercados de que Portugal «está a cumprir as metas» com que se comprometeu no programa de assistência financeira.
As decisões de consolidação de contas públicas e aplicação de reformas estruturais em diversos países do euro levaram também a um «novo ambiente no mercado em relação à dívida soberana europeia».
«Temos visto progresso em todos os casos e agora também no caso de Portugal».
Há duas semanas, o comissário europeu dos Assuntos Económicos, Olli Rehn, disse em Lisboa que Portugal pode precisar de uma «ponte» para o regresso aos mercados financeiros em 2013, ou seja, de um apoio adicional da troika.
Contudo, Rehn acrescentou: «Não é do interesse de Portugal nem da zona euro falar agora num novo programa. Até porque isso significaria mais dívida para Portugal»
Ainda esta quinta-feira o Banco de Portugal reviu em baixa as perspetivas para a economia portuguesa. A recessão vai ser pior do que o previsto este ano e a economia não vai crescer em 2013, mas sim estagnar.
Constâncio: podemos precisar de mais ajuda
- Redação
- VC
- 31 mar 2012, 15:25
É um cenário que «tem de estar sempre em avaliação».
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