OCDE: arrefecimento pode exigir pausa no combate ao défice - TVI

OCDE: arrefecimento pode exigir pausa no combate ao défice

Défice

Organização constata que há abrandamento da retoma e pede compromisso de política monetária de juros próximo de zero por um longo período de tempo. Deixe a sua opinião

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A OCDE [Organização para a Cooperação e Desenvolvimento Económicos] considera que a economia mundial regista «um abrandamento da retoma» a par de um «aumento da incerteza». Por isso, os Governos devem estar preparados para aliviar as reduções dos défices e voltar a ajudar a economia.

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«A retoma mundial mostra sinais de abrandamento que deverão manifestar-se mais rapidamente do que inicialmente previsto», afirma, em Paris, o economista chefe e secretário-geral adjunto da OCDE, Pier Carlo Padoan que alerta para a necessidade de os responsáveis dos países prolongarem ou reforçarem os programas de estímulo económico.

Nos países do G7, as sete maiores economias do mundo, «o crescimento deverá estabelecer-se nos 1,6% de taxa anual, em média, no segundo semestre de 2010, contra uma projecção de 1,7% na edição de Maio das perspectivas económicas da OCDE», acrescenta Pier Carlo Pardoan citado pela Lusa.

De acordo com a OCDE, «se o abrandamento reflectir forças mais duradouras que pressionem a evolução da economia, podem ser necessários estímulos económicos adicionais» e um compromisso de uma «política monetária de juros próximo de zero por um longo período de tempo».

Assim sendo, «onde as contas públicas o permitissem, os planos de consolidação orçamental seriam adiados», adianta.

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A análise da OCDE regista «sinais negativos» do lado da confiança das famílias, cujo consumo «deverá permanecer em níveis modestos», do pico de desemprego registado nomeadamente nos Estados Unidos da América e da estagnação do mercado imobiliário americano.

Os «sinais positivos» surgem do lado das empresas, segundo a OCDE, que assinala uma perspectiva de crescimento do investimento, «depois de se ter atingido o patamar mais baixo».

A OCDE avisa também que «a volatilidade ainda está presente» mas a sua leitura dos números da economia mundial indica que «estamos a sair do fundo».
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