Pode estar por horas um acordo entre a administração e os sindicatos da TAP. A TVI sabe que há um pré-entendimento com pelo menos dois sindicatos, apesar de faltarem ainda detalhes importantes.
As reuniões já duram há vários dias e deverão terminar esta sexta-feira.
Os sindicatos têm apresentado propostas para reduzir custos em alternativa aos despedimentos e a administração mostrou-se recetiva, sendo que alguns sindicatos já vão submeter aos associados o plano que desenharam com a administração. Se for aprovado, assinam o acordo de emergência com a TAP.
Há dois meses, mais de dois mil trabalhadores eram dados como certos para irem para rua. Agora, podem não ser tantos os que vão deixar a empresa.
O dia "D" para o acordo de emergência é na sexta-feira e pode dar outros moldes à reestrutuação da empresa e que estará por um fio.
Pelo menos dois sindicatos aguardam a luz verde, ou vermelha, dos associados ao entendimento a que chegaram com a administração. Mas, ao contrário do que queriam os sindicatos, os cortes não são moeda de troca para os despedimentos. Ou seja, mesmo com a redução nos rendimentos, há muita gente que tem de sair da empresa.
Até agora as propostas dos sindicatos têm por base 560 trabalhadores elegíveis para deixarem a TAP através de reformas antecipadas ou pré-reformas. Desses fazem parte 40 pilotos, 280 tripulantes de cabine e 240 trabalhadores de terra.
Todos estes números contrastam com o plano de reestruturação entregue em Bruxelas. O documento fala em despedimento coletivo e é bem provável que a Comissão Europeia exija cortes ainda mais acentuados no quadro de pessoal. Por agora, o Executivo parece acreditar que pode apresentar alternativas aos despedimentos, mantendo o corte nos custos da empresa.
Há ainda uma proposta em análise relacionada com a redução dos serviços externos da empresa, que os sindicatos garantem representar metade dos custos da companhia.