Governo revê em alta números do crescimento - TVI

Governo revê em alta números do crescimento

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Sócrates garante que país vai crescer entre 1,3 e um 1,4%, o dobro do avançado pelo Governo e ainda assim superior ao avançado pelo supervisor

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José Sócrates guardou para esta sexta-feira para o debate quinzenal no Parlamento dados de crescimento económico acima do esperado.

Depois de ter voltado a garantir que o défice orçamental em 2010 vai ser de 7,3%, isto porque as receitas ficaram acima do esperado e a despesa foi reduzida, o primeiro-ministro lançou para o debate previsões do Banco de Portugal não coicidentes com as que foram publicadas pelo supervisor ainda em 2010.

Segundo estes dados, o crescimento económico de 2010 terá ficado entre o 1,3% e 1,4%, ou seja «o dobro do que o Governo tinha previsto».

O primeiro-ministro aproveitou o debate para avançar com um conjunto de dados económicos, começando por dizer que o crescimento económico no ano passado, de acordo com as contas finais, situar-se-á entre 1,3 e 1,4 por cento, «o que significa o dobro do que o Governo tinha previsto».

«O dobro do que o Governo tinha previsto num ano de ajustamento orçamental, em que se reduz o défice em dois pontos percentuais», salientou José Sócrates.

Os dados citados por Sócrates não são contudo aqueles que são divulgados pela instituição liderada por Carlos Costa e que aponta para um crescimento de 1,2%.

Ainda neste contexto de anúncios de números referentes ao exercício orçamental de 2010, o líder do Executivo, tal como fizera quinta-feira o secretário de Estado do Orçamento, assegurou que o défice fechará o ano com 7,3 por cento.

Mas Sócrates adiantou mais dados: «Em 2010, as receitas fiscais ficaram acima do esperado, uma boa notícia; a despesa do Estado vai situar-se abaixo do esperado, outra boa notícia; e o saldo orçamental vai ser aquele que está dentro dos objetivos do Governo».

No início da sua intervenção, José Sócrates referiu-se às medidas mais impopulares que fazem parte do Orçamento do Estado para 2011.

Neste ponto, Sócrates frisou que sem medidas de austeridade «as consequências seriam catastróficas» para Portugal, em particular para «o financiamento da economia, para as famílias e para as empresas».

O primeiro-ministro insistiu que a crise das dívidas afectou todos os países europeus, que foram «obrigados a acelerar o movimento de consolidação das contas públicas».

No entanto, mesmo neste quadro desfavorável, o líder do Executivo sustentou que Portugal «foi dos países que mais diversificou as suas exportações nos últimos anos» - exportações que disse terem agora maior intensidade tecnológica.

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