Os passageiros do Metropolitano de Lisboa (ML) e dos barcos do grupo Transtejo foram os mais afectados pela greve desta quinta-feira, durante a qual os comboios da CP circularam normalmente.
A greve, a terceira em três meses a afectar as empresas públicas de transportes, começou a fazer-se sentir às 23h30, com a suspensão da circulação do ML.
Durante o dia, a situação manteve-se e o serviço do ML só será normalizado a partir das 06h30 de sexta-feira.
Fonte do ML disse, citado pela Lusa, que a greve deverá ter afectado mais de 550 mil passageiros.
Afectados pela greve foram também os passageiros das embarcações do Grupo Transtejo (Transtejo/Soflusa), que fazem a travessia do rio Tejo, em Lisboa. As primeiras ligações começaram a ser feitas a partir das 09h30.
Às 17h00, as ligações asseguradas pelo Grupo Transtejo estavam novamente paradas, com a empresa a prever a normalização da situação para o período entre as 20h30 e as 21h00.
Na CP, os comboios circularam normalmente, tendo sido registada apenas uma supressão, durante a madrugada, na Linha do Sado.
A porta-voz da empresa, Ana Portela, disse que, até às 16h30, tinham circulado 897 comboios, o mesmo número de composições que costumam circular no mesmo período num dia normal.
Já a Carris garantiu, até às 12h00 (últimos dados disponíveis), 71 por cento da oferta de serviços, afirmou fonte da empresa, especificando que, dos 490 veículos programados, circularam 349.
A Norte, a Sociedade de Transportes Colectivos do Porto (STCP) assegurou, até as 15h00 (últimos dados disponíveis), cerca de 40 por cento oferta habitual, disse à Lusa fonte da empresa.
Segundo a mesma fonte, a adesão à paralisação situou-se nos 43 por cento.
O coordenador da Federação dos Sindicatos dos Transportes e Comunicações (FECTRANS), José Manuel Oliveira, afirmou que, «globalmente, a greve teve uma grande adesão dos trabalhadores».
De acordo com o sindicalista, a greve abrangeu trabalhadores de oito empresas públicas, tendo três - ML, Transtejo e Soflusa - «paralisado totalmente».
Na STCP e na CP-Carga, a FECTRANS estimou níveis de adesão «superiores a 90 por cento», enquanto situou em 50 por cento a participação dos trabalhadores da Carris e da Refer.
«É uma greve com grande impacto», resumiu José Manuel Oliveira.
O sindicalista salientou ainda o facto de o secretário de Estado dos Transportes ter tido «mais tempo para fazer uma campanha contra a greve do que para discutir com os parceiros sociais».
Greve: passageiros do metro e Transtejo foram os mais afectados
- Redação
- CPS
- 2 fev 2012, 18:34
Comboios circularam normalmente
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