Passos: «Limite para o défice é perfeitamente alcançável» - TVI

Passos: «Limite para o défice é perfeitamente alcançável»

Défice orçamental chegou aos 10,6% no primeiro trimestre. Primeiro-ministro acredita que ainda é possível atingir a meta de 5,5% este ano acordada com a troika

O primeiro-ministro disse esta sexta-feira, em Bruxelas, que o «limite para o défice (de 5,5% este ano) é perfeitamente alcançável». Passos comentava, assim, os números avançados esta manhã pelo INE que indicam que o défice orçamental chegou aos 10,6%, no primeiro trimestre, à custa, em parte, da recapitalização Banif. Sem os 700 milhões injetados no banco, o défice teria ficado nos 8,8%.

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O Governo comprometeu-se com a troika a atingir uma meta de défice de 5,5% do PIB até ao final do ano. De acordo com Passos ainda é possível.

Aliás, para o primeiro-ministro o valor elevado do défice tem uma justificação: «Está relacionado com a reposição de um dos subsídios» - medida imposta pelo Tribunal Constitucional - e que fez aumentar a despesa pública, sendo que «os valores ainda podem piorar, tendo em conta que o Estado terá de vir a repor dois desses subsídios», disse no final da cimeira europeia, em Bruxelas.

«Nós sabíamos que este ano haveria um aumento da despesa pública resultante do facto de estarmos a fazer a reposição de um dos subsídios aos trabalhadores da administração pública e aos pensionistas. De facto, ele ainda vai ser um pouco maior, na medida em que, depois decisão do Tribunal Constitucional, nós não estaremos a repor apenas um dos subsídios, vamos repor os dois subsídios, e isso corresponde a um aumento da despesa pública e, portanto, a um agravamento do défice quando comparado com o do ano passado», reforçou.

Mesmo assim, e tendo em conta os dados do segundo trimestre em contabilidade pública (ainda não divulgados) - mas que o Governo já conhece - «o limite para o défice (de 5,5% este ano) é perfeitamente alcançável».

«Os dados de que dispomos do segundo trimestre em contabilidade pública mostram que nós temos todas as possibilidades de atingir o nível do défice de 5,5% até ao final deste ano, e isso deve ser evidentemente uma boa razão para estarmos mais otimistas quanto ao desempenho macroeconómico até ao final do ano», explicou.

O chefe do Governo teve tempo ainda para elogiar os apoios europeus para o combate ao desemprego jovem, aprovados na cimeira europeia: «Espero que estes programas possam ter uma plena execução», disse, antes de acrescentar que «só o crescimento da economia é gerador de emprego».
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