Passos: «Não há nenhum corte adicional de 4,7 mil milhões para 2014» - TVI

Passos: «Não há nenhum corte adicional de 4,7 mil milhões para 2014»

Passos nega as afirmações constantes do relatório do FMI

Passos Coelho nega que o Governo se tenha comprometido com mais cortes junto da troika, depois de divulgado um relatório do FMI que fala em cortes de 4,7 mil milhões para 2014, ou seja, daqui a apenas um ano e meio.

«No mesmo momento em que o primeiro-ministro fala na necessidade de estimular a economia, o país fica a saber que o senhor se comprometeu com a troika em cortar mais 4,7 mil milhões de euros, ou seja, mais austeridade, e, ainda por cima, comprimindo o prazo num ano e meio», confrontou-o António José Seguro.

«Diga senhor primeiro-ministro, esses 4,7 mil milhões que os senhores pretendem vão ser sacados a quem? Os senhores definiram o montante, os senhores e o FMI já decidiram as vítimas», instigou Jerónimo de Sousa, do PCP, que chamou a este aumento dos cortes de «operação kamikaze».

Passos, respondendo a António José Seguro, afirmou que o executivo «não se comprometeu» com mais cortes, «nem mais nem menos» do que aqueles que já foram anunciados e que são apenas projetados para 2015. E reforçou, na resposta a Jerónimo de Sousa, do PCP, de que «não há nenhum corte adicional de 4,7 mil milhões de euros». «Haverá é até 2015, não há nenhuma alteração», acrescentou.

O que diz o FMI no seu relatório

António José Seguro sugeriu, no entanto, ao primeiro-ministro a leitura da «página 13» do relatório do FMI. Seguro disse que esse corte é «impensável» e questionou por que razão o «primeiro-ministro insiste em mais políticas de austeridade», ao encurtar o prazo de «dois anos e meio» para «um ano e meio».
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