O Comissário Europeu dos Assuntos Económicos, Olli Rehn, admitiu esta quarta-feira, em Estrasburgo, que foram cometidos erros na gestão do resgate a Chipre, mas sublinhou que o pior seria não se ter chegado a qualquer acordo com Nicósia.
A negociação do programa de ajuda a Chipre «tem sido muito difícil e não está isenta de erros», disse Rehn, num debate no Parlamento Europeu, adiantando que, em vez de se procurarem culpados, há que continuar a ajudar os países a combater a crise.
«Não chegar a acordo, seria a pior solução de todas», considerou também, acrescentando que o caminho a seguir é o de «intensificar a reforma da zona euro».
«Não há soluções modelo, cada programa de ajustamento pode ter semelhanças, mas está adaptado à realidade de cada país», esclareceu.
Sobre o resgate a Chipre, Rehn esclareceu que Bruxelas teria preferido um ajuste mais gradual do setor financeiro, mas havia um problema financeiro a resolver: a ilha precisava de 10 mil milhões de euros e os credores só adiantavam 10 mil milhões.
A situação da banca cipriota, lembrou, deteriorava-se rapidamente e havia que evitar o colapso do país.
Sobre informações recentes referentes a uma alegada necessidade de 23 mil milhões de euros, o comissário salientou que estão a confundir-se «alhos com bugalhos», uma vez que esta verba inclui «almofadas adicionais».
A gestão da crise cipriota foi criticada pelos eurodeputados, tendo Paulo Rangel (PSD) sublinhado que esta constitui «um retrocesso e um erro fundamental».
Rehn: foram cometidos erros na gestão do resgate a Chipre
- Redação
- CPS
- 17 abr 2013, 14:12
Bruxelas teria preferido um ajuste mais gradual do setor financeiro
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