Ministro: queda nas exportações para Angola é «transitória» - TVI

Ministro: queda nas exportações para Angola é «transitória»

Vieira da Silva

Vieira da Silva admite que «problemas» nos pagamentos às empresas fixadas em Angola foram responsáveis pelo recuo nas exportações, mas que é algo temporário

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O ministro da Economia, Vieira da Silva, admitiu ontem, terça-feira, que foram os «problemas» nos pagamentos às empresas portuguesas fixadas em Angola que ditaram a quebra «transitória» nas exportações portuguesas para este destino.

O défice da balança comercial agravou-se 436,2 milhões de euros no segundo trimestre do ano, face a igual período de 2009. A pesar sobre este valor está o agravamento nas trocas com países fora da União Europeia, degundo dados divulgados na segunda-feira pelo Instituto Nacional de Estatística (INE).

As vendas para Angola totalizaram os 869,7 milhões de euros, no primeiro semestre do ano, menos 21% quando comparado com o ano passado. O «Diário Económico» avançou ontem que as exportações para Angola caíram para mínimos de três anos.

Vieira da Silva admitiu que «existiram problemas no pagamento» angolano às empresas portuguesas. Mas salientou as «várias iniciativas do Estado português para ajudar a resolver esse problema».

«Julgo que passará por aí uma parte dessa quebra relativa. Não há nenhuma razão para que este sintoma se mantenha ou agrave. Penso que já estará resolvido», afirmou, à margem da inauguração do Festival de Marisco de Olhão.

Angola já foi o quarto maior ponto de exportação portuguesa. Actualmente é o quinto, mas «transitoriamente».

O ministro desvalorizou o ranking, em que Angola foi ultrapassada pelo Reino Unido na lista dos principais clientes portugueses (no pódio estão Espanha, Alemanha e França), e considerou que «o que interessa é que todos possam crescer».

Vieira da Silva salientou ainda o crescimento das exportações portuguesas na balança comercial nacional, apesar de os últimos números do INE salientarem um agravamento do défice comercial português superior a 400 milhões de euros.

«O que se registou no último trimestre foi que houve mais exportações do que importações. Quer dizer que o dinamismo da nossa economia, do ponto de vista da conquista do mercado externo, tem sido maior do que as importações».

As saídas de bens aumentaram 15,4 por cento no período entre abril e junho, face a igual período de 2009, enquanto as entradas aumentaram 13,2 por cento.
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