Ministro: pessoal das Finanças «ajudou o país»

O ministro das Finanças agradeceu esta segunda-feira aos funcionários do Ministério que tutela pelo trabalho desenvolvido e pelo esforço adicional, que permitiu que a troika desse nota positiva ao país na segunda avaliação trimestral da aplicação do programa de ajustamento, dois dias antes do previsto. «São um exemplo para todos aqueles que fomentam a divisão em tempos de crise», disse.

O ministro elogiou a «excelência e a dedicação de inúmeros funcionários das Finanças», sem os quais não teria sido possível concluir a tempo todo o trabalho necessário. Gaspar sublinhou mesmo que os funcionários «não pensaram nos seus direitos e sim em como poderiam ajudar o país».

Na Comissão Parlamentar de Orçamento e Finanças, o deputado Honório Novo, do Partido Comunista, criticou o ministro por «castigar» especialmente os funcionários públicos na aplicação da austeridade e, na resposta, Vítor Gaspar não hesitou em reiterar os elogios aos funcionários do seu Ministério e aos funcionários públicos em geral. «A qualidade e devoção profissional dos funcionários públicos, quer do Ministério das Finanças, quer de outros ministérios e serviços da administração pública, é notável. Em todos os casos em que foram chamados a um esforço adicional, dadas as circunstâncias do país, responderam sem a menor hesitação».

Para o ministro, os trabalhadores da função pública estão a dar «um exemplo importante para todos nós. Todas estas pessoas, que nas circunstancias actuais sofrem penalizações com impacto nas suas vidas pessoais, põem em primeiro lugar os seus deveres profissionais, para com o país, num patamar muito superior aos seus interesses individuais e corporativos. É um exemplo que deve ser seguido e deve ser inspirador para todo o país».

O governante lembrou que, com a nota positiva da troika, será libertada mais uma tranche, de 8 mil milhões de euros, que chegarão em Dezembro e Janeiro. Com esse dinheiro, Portugal terá já recebido 38,2 mil milhões de euros, dos 78 mil milhões que totaliza o programa.

Assim, sublinha, em pouco mais de 6 meses, teremos recebido mais de metade do total, se excluirmos os 12 mil milhões de euros da linha para a recapitalização da banca.