Só portáteis e smartphones escapam à queda das vendas

Depois de algum tempo à margem da crise, o consumo electrónico acabou por sofrer as consequências da conjuntura. Impressoras, telefones e computadores diminuem as vendas, face a 2008, em todo o mundo.

O desastre marca as impressoras multifunção, que registam uma queda de 24,4 por cento a nível europeu. Os cortes brutais dos seus preços (é o caso de aparelhos com total garantia por menos de 40 euros) não têm servido de muito, escreve o «El País».

A HP, Canon e Epson, os três líderes de mercado são os que também sofreram as maiores quedas. A HP já vendeu menos 31% que no mesmo período do ano passado.

Fabricantes e operadoras vão continuar a apostar nos smartphones

As vendas mundiais de telefones já caíram 6%, mas os modelos «smartphone», apesar de custarem mais de 300 euros, crescem 27%. Esta tendência prossegue no meio de uma guerra para cortar com o domínio eterno da Nokia, que, apesar de ter perdido peso face à Samsung, LG e, principalmente, RIM (Blackberry) e Apple iPhone, ainda tem 36,8% do mercado global mundial e 45% dos «smartphones». É de notar o grande salto da Apple, que subiu de uma quota do mercado de 3% para 13%, uma vez que há um ano ainda não tinha iniciado a comercialização fora dos EUA.

As operadoras e os fabricantes vão continuar a centrar-se neste mercado elitista, porque apesar dos «smartphones» representarem 14% do mercado absoluto, são os que mais lucros dão aos fabricantes de equipamentos e às operadoras, que também ganham com os serviços de ligação à Internet.



Noutro grande segmento da electrónica de consumo, os computadores, o declínio das vendas na Europa tem sido de 3%. Mas sem as vendas de computadores portáteis (que já representam 25% do total), a queda teria sido de 15%. Apesar de tudo, a indústria e os analistas acreditam numa melhoria de agora em diante.