Somos dos mais preocupados com o Ambiente

Os portugueses são dos cidadãos da União Europeia (UE) mais preocupados com as alterações climáticas e conscientes do impacto da produção e consumo de energia no clima, revela um inquérito divulgado esta segunda-feira em Bruxelas pela Comissão Europeia.

Segundo noticia a Lusa, o «Eurobarómetro» sobre questões energéticas indica ainda que a maioria dos portugueses (57 por cento) defende uma redução do recurso à energia nuclear - actualmente fonte de um terço da electricidade na UE -, ainda assim abaixo da média comunitária (61 por cento a favor de menos nuclear).

Quando questionados sobre se as alterações climáticas e o aquecimento global constituem uma preocupação, 65 por cento dos portugueses respondem que «sim, muito» (o quinto valor mais elevado da UE a 27, cuja média é de 50 por cento) e 24 por cento dizem que «sim, de certa forma», enquanto apenas nove por cento admitem não estarem preocupados.

Os portugueses também parecem ser dos cidadãos europeus mais conscientes de que a produção e consumo de energia têm um impacto negativo nas alterações climáticas e aquecimento global, com 39 por cento a responderem que tem um «grande impacto» e 43 por cento «algum impacto», enquanto apenas 5 por cento consideram que praticamente não tem impacto e 3 por cento que não tem qualquer impacto negativo.

Interrogados sobre os efeitos das alterações climáticas no consumo de energia dentro de dez anos, oito em cada dez portugueses estimam que terão de alterar a forma como usam o aquecimento, ar condicionado e electricidade em suas casas, 84 por cento prevêem que terão de mudar os seus hábitos diários a nível de consumo de energia, e 72 por cento receiam que terão de pagar muito mais pela energia que usam.

Divulgado na semana da tradicional «Cimeira da Primavera», encontro de chefes de Estado e de Governo da UE, que quinta e sexta-feira discutirão em Bruxelas a política energética europeia e o combate às alterações climáticas, o inquérito revela que a maioria dos europeus (62 por cento) considera que a melhor forma de enfrentar as questões relacionadas com a Energia é a nível comunitário.

O inquérito foi realizado entre 9 e 15 de Fevereiro passado, junto de 25.800 cidadãos dos 27 Estados-membros da UE.