Sexo e nudismo marcam campanha eleitoral - TVI

Sexo e nudismo marcam campanha eleitoral

  • Portugal Diário
  • 20 out 2006, 10:10

Presidente de partido catalão aparece nu, com mãos a tapar o sexo

O sexo e o nudismo estão a marcar a campanha eleitoral para as eleições regionais da Catalunha, a 1 de Novembro, tendo um dos partidos sido mesmo forçado a cancelar uma acção, pedindo desculpa pela frase «infeliz» utilizada, noticia a agência Lusa.

Com o intuito de estimular uma maior participação dos jovens, a Juventude da ICV-EA (Iniciativa pela Catalunha Verdes-Esquerda Alternativa) procedeu à distribuição de preservativos sob o lema, «FÓ a Direita, vota ICV».

A polémica gerada pela acção, integrada numa campanha global intitulada «Virar à direita, não», assumiu tais proporções, com as várias forças políticas a condená-la, que os jovens da ICV-EA foram forçados a anunciar o seu cancelamento, pedindo desculpa pela expressão «infeliz» e por eventuais «ofensas que tenha causado».

Também o Ciutadans-Partido da Catalunha, uma força política que nasceu nas últimas semanas de «vontades cívicas», optou por uma campanha agressiva, distribuindo cartazes em que o presidente do partido, Albert Rivera, aparece completamente nu, com as mãos a tapar o sexo.

«Não nos importa onde nasceste. Não nos importa a língua que falas. Não nos importa a roupa que vestes. És tu que nos importas», lê-se na mensagem do cartaz em que esta força política se declara «um partido de cidadãos que aspira a fazer política para os cidadãos».

Para Rivera, é necessário «reabrir o princípio da realidade das instituições, superar a obsessão de identidade que afecta o dinamismo da sociedade catalã, travar o desprestígio da política e devolvê-la à vocação de servir o povo».

A campanha para as eleições de 1 de Novembro decorre num ambiente de alguma tensão política, em particular porque as sondagens apontam para a forte possibilidade de nenhum partido conseguir governar sozinho.

O perigo de um cenário deste tipo resulta em situações tão «inovadoras» quanto a decisão do líder da Convergência e União (CiU), Artur Mas, de registar no notário um contrato em que se compromete a não assinar qualquer pacto de governo com o Partido Popular (PP).

As opiniões sobre o polémico estatuto de autonomia da Catalunha continuam a marcar os debates dos principais partidos, que nos últimos dias têm ainda analisado a questão do orçamento para a região, que está a ser debatido nas Cortes em Madrid.
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