O líder do CDS-PP usou o exemplo do ex-Presidente da República Jorge Sampaio, que enquanto líder da oposição socialista censurou um governo de maioria absoluta, para defender que aquele instrumento constitucional não é um acto irresponsável.
«O dr. Jorge Sampaio antes de ser Presidente da República, era líder da oposição [secretário-geral do PS] e apresentou uma moção de censura a um governo com maioria absoluta [de Cavaco Silva] e isso não fez dele um irresponsável. É um acto político, não é uma bomba atómica», afirmou Paulo Portas no programa da TVI «Cartas na Mesa».
Entrevistado pela jornalista Constança Cunha e Sá, Paulo Portas escusou-se a responder directamente se apresentaria uma moção de censura ao Governo se houvesse a possibilidade de a iniciativa ser aprovada, o que implicaria a demissão do Executivo.
«A moção de censura é um instrumento constitucional que está à disposição da oposição para os efeitos políticos que ela tiver por adequados», referiu, acrescentando que mesmo com rejeição garantida pela maioria absoluta dos deputados socialistas, a iniciativa justifica-se pelo conjunto das políticas do Governo.
«Moção de censura não é uma bomba atómica»
- Redação
- 3 jun 2008, 23:01
Portas recorda que Jorge Sampaio, enquanto líder da oposição socialista censurou um governo de maioria absoluta
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