Está lá? Está sem carta - TVI

Está lá? Está sem carta

Telemóvel (Arquivo)

Dezenas de condutores portugueses já ficaram sem carta porque fizeram ou atenderam chamadas ao volante na hora errada

Conduzir a falar ao telemóvel é a contra-ordenação mais frequente nas estradas portuguesas. Segundo dados da Direcção-Geral de Viação, recolhidos pelo PortugalDiário, desde que o novo código da estrada entrou em vigor, em Março de 2005, já foram apanhados nesta falta 34 mil condutores.

As multas aplicadas a condutores ao telemóvel são já superiores às passadas aos infractores por consumo de álcool, que no total do ano de 2005, foram pouco mais de 30 mil.

A DGV não consegue calcular quantos condutores ficaram inibidos de conduzir por atenderem ou fazerem telefonemas ao volante, no entanto, fonte da instituição explica que serão «muitos milhares, uma vez que essa é a pena prevista».

Voltar a tirar a carta

Em 2004 e 2005, a DGV caçou a carta definitivamente a 49 condutores. No ano passado foram 26 os automobilistas que se viram forçados a ter que tirar a licença de condução nova e no ano anterior foram 23.

A cassação só pode ser ordenada pelo Director-geral. Durante dois anos o condutor fica em «jejum rodoviário» e não pode voltar à escola de condução.

Quanto aos motivos que levaram estes condutores a perder o título legal para conduzir, não existem dados disponíveis. «A perda da carta é sempre determinada tendo em conta várias infracções e não apenas por um tipo de contra-ordenação», explicou fonte da DGV.

Isto é, o condutor fica sem carta quando comete três contra-ordenações muito graves ou cinco contra-ordenações entre graves e muito graves, podendo estas ser de condução com telemóvel ou excesso de álcool, por exemplo.
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