Sector financeiro dá ânimo às bolsas

A bolsa nacional segue a negociar em alta com o sistema financeiro em claro destaque.

A nível doméstico, o PSI20 soma 1,73 por cento para os 6.253,50 pontos, em linha com as bolsas europeias e norte-americanas que seguem animadas, depois de se saber que o Departamento do Tesouro norte-americano anunciou um plano de salvamento da banca, que passa pela compra dos chamados activos tóxicos dos bancos.

O plano em causa, conhecido como Programa de Investimento Público-Privado vai usar entre 75 e 100 mil milhões de dólares para financiar a compra destes activos, num valor que pode chegar a um bilião de dólares. A notícia deu aos investidores uma nova esperança na resolução da crise financeira e animou as negociações. O índice Dow Jones segue a ganhar 3,54% e o Nasdaq trepa 3,10%.

Por cá, a puxar para cima está o sector financeiro. O BPI soma 4,5% para os 1,53 euros, o BCP progride 3% para os 0,61 euros e o BES avança 1,66%.

O «Diário Económico» diz que a Sonangol e a CGD poderão vender até 49% do capital do novo banco que vão deter em conjunto. O BES tem sido dado como um dos potenciais interessados.

A liderar os ganhos está, no entanto, a Sonae Indústria. A empresa beneficia da possibilidade de fusões no sector. Só nas últimas duas últimas semanas, a empresa subiu praticamente 45% e acumula já ganhos anuais de quase 13%. Já a casa mãe, Sonae SGPS, sobe também 2,01% para 50 cêntimos.

A ajudar está, ainda, a EDP que trepa 1,97% para os 2,79 euros. De acordo com o «Jornal de Negócios», a energética é uma das três empresas que negoceia com maior desconto no PSI20, a par com a Semapa e a Sonae. De resto, a Galp avança 1,39% mas a REN contraria ao perder 0,22% para os 3,14 euros.

Nas telecomunicações, a Portugal Telecom ganha 1,84% para os 5,74 euros, depois de se saber que a reestruturação accionista da Vivo, empresa que detém no Brasil a meias com a espanhola Telefónica, deverá estar concluída este ano.

A impedir a bolsa de maiores ganhos está a Semapa que tomba 0,32% para 6,17 euros, quando se sabe que o sector da construção espera que 2009 seja o pior ano de sempre para o negócio.