Os ministros das Finanças da Zona Euro, reunidos esta terça-feira em Bruxelas no Eurogrupo, concordaram que a Irlanda devia dar imediatamente início ao processo de consulta com vista à obtenção de ajuda externa, ainda que o país não tenha oficializado o pedido de ajuda.
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O ministro das Finanças finlandês disse, à saída do encontro, que essa consulta junto do Fundo Monetário Internacional (FMI), Banco Central Europeu (BCE) e União Europeia vai começar de imediato e deve focar-se em resolver os problemas do sector bancário, declarações secundadas entretanto pelo comissário europeu para os assuntos económicos, Olli Rehn.
Uma missão com mebros dos vários organismos visitará a Irlanda já esta semana. Olli Rehn explicou ainda que a missão conjunta foi solicitada pela própria Irlanda.
O comissário admitiu que «a instensificação das consultas» pode ser interpretada como uma preparação para um potencial programa de ajuda à Irlanda, caso se confirme necessário.
Também à saída da reunião, o Presidente do Eurogrupo, Jean-Claude Juncker disse que os ministros vêem com bons olhos os esforços da Irlanda na consolidação orçamental e o seu plano de austeridade a quatro anos.
De acordo com Juncker, não há dúvidas de que o plano irlandês é detalhado e agressivo, devendo permitir ao país regressar ao crescimento económico.
No que se refere ao sector bancário, Juncker admite que «mais reformas e esforços de estabilização podem ser apropriados».
No discurso, o presidente deixou ainda um recado, ao afirmar que a Zona Euro tomará as acções necessárias para garantir a estabilidade da moeda única e garantiu que, juntamente com o FMI, tem todos os instrumentos necessários para fazê-lo. De acordo com Olli Rehn, os ministros demonstraram união nesse propósito.
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O ministro das Finanças irlandês afirmou que os organismos procurarão um pacote orçamental que restaure a confiança no seu país.
Brian Lenihan afirmou que qualquer ajuda para «corrigir» a situação da banca irlandesa «será bem vinda», mas defendeu que a ajuda ao Estado Irlandês não é inevitável, até porque, lembrou, «a Irlanda está em muito melhor situação que outros países que sofreram a intervenção do FMI».
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- Redação
- PGM
- 16 nov 2010, 21:32
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