As fontes de energia em Portugal - TVI

As fontes de energia em Portugal

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Um assunto que tem estado muito em voga na energia tem sido as fontes renováveis, que estão intrinsecamente ligadas também à eficiência e redução do consumo. Quanto mais uma sociedade se desenvolve, mais energia consome, mas na maioria das vezes não é de uma forma eficiente. No entanto, o uso responsável e eficiente da energia pode permitir-nos dispor de mais serviços e conforto, ou seja, de uma maior qualidade de vida, sem termos que aumentar o consumo desse bem precioso.

As matérias-primas mais comuns na vida em sociedade são o petróleo, o carvão e o gás natural que, apesar de existirem em quantidade ainda considerável, têm vindo a consumir-se muito rapidamente. Para além disso, estes combustíveis, ao serem queimados, produzem muita poluição. Dióxido de carbono, óxidos de enxofre ou de azoto e poeiras são nomes de substâncias já familiares, todos eles responsáveis pelo efeito estufa e chuvas ácidas que terão repercussões cada vez maiores no planeta Terra.

Por outro lado, as fontes de energia renováveis como o sol, a água e o vento são inesgotáveis e não têm praticamente impacto ambiental na emissão de gases de efeito estufa.

Outro problema que se prende com esta questão das fontes é a dependência energética que um país pode ter de outros. É certo que a promoção de eficiência e a diversificação das fontes energéticas para produzir electricidade trazem bastantes benefícios para uma nação.

O sector dos transportes é o que mais energia consome e, por isso mesmo, se têm procurado encontrar formas alternativas aos derivados do petróleo como é o caso dos biocombustíveis.

Governo português é ambicioso

Por todas estas razões é que a União Europeia a 27 decidiu impor que os Estados-membros tenham 39% do consumo total de electricidade a partir de energias renováveis até 2010. A UE pressupõe também que, até 2020, pelo menos 10% dos combustíveis utilizados nos transportes sejam produzidos a partir de biodiesel ou etanol.

Portugal está entre os países europeus mais bem lançados nesta matéria, tendo actualmente uma potência instalada renovável de mais de 7 mil MegaWatts (MW) e com vários investimentos previstos nos biocombustíveis. Talvez por isso, o Executivo português é até mais ambicioso que a Comissão Europeia ao propor 45% de renováveis e os 10% de biocombustíveis em 2010.

Alguns especialistas acreditam que, para cumprir pelo menos o objectivo da UE, o país terá de investir mais de 6 mil milhões de euros em produção de energia através de fontes renováveis.

Em Portugal, a fonte renovável mais popular tem sido a eólica, em que o país já tem uma potência instalada de quase 2 mil MW. Nesta matéria é de sublinhar o esforço da EDP que adquiriu uma empresa de parques eólicos nos EUA, um mercado promissor, tornando-se assim o quarto maior operador do mundo na produção deste tipo de energia. A energia hídrica (barragens) é ainda outra grande aposta das empresas que têm valorizado este recurso que Portugal tem em abundância.

O nosso país possui também aquela que é a maior central solar do mundo em Serpa, com uma capacidade instalada de 11 MW e um investimento de mais de 56 milhões de euros por parte de portugueses e norte-americanos.

No centro da polémica está a nuclear que parece não estar, pelo menos para já, nos planos do Governo de José Sócrates, que reafirmou recentemente essa posição. No entanto, há algumas personalidades do sector que defendem esta aposta. Caso esse é o de Manuel Ferreira de Oliveira, Luís Mira Amaral ou do empresário Patrick Monteiro de Barros.

Portugal é dos poucos países da Europa Ocidental sem centrais nucleares, apesar da nossa vizinha Espanha possuir sete, que lhes permite ter custos de produção de electricidade mais baixos. A energia nuclear, apesar de riscos perigosos, é significativamente mais barata que o carvão, o gás natural e que a eólica.

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