Governo dos EUA pede aos países europeus gasolina das reservas estratégicas - TVI

Governo dos EUA pede aos países europeus gasolina das reservas estratégicas

Katrina - Manchete

O governo norte-americano pediu hoje aos países europeus que cedam gasolina das suas reservas estratégicas de petróleo e derivados para fazer frente à crise energética provocada pelo furacão Katrina, revelou fonte governamental, citada pela agência de notícias «Lusa».

Para combater a crise energética

Os Estados Unidos da América necessitam de mais dois milhões de barris diários de produtos refinados, devido às interrupções na extracção de crude e na produção das refinarias provocadas pela tempestade.

O governo anunciou recentemente a intenção de recorrer às reservas estratégicas de petróleo, que incluem 707,2 milhões de barris depositados em galerias subterrâneas nos Estados do Texas e Luisiana.

O furacão diminuiu em 92% a extracção de crude no Golfo do México, a qual equivale a cerca de 30% da produção petrolífera norte-americana.

O Katrina interrompeu a produção de nove grandes refinarias e reduziu a de outras por falta de energia eléctrica.

Os EUA consomem diariamente cerca de 18 milhões de barris de petróleo, dos quais mais de 13 milhões são importados.

Grande parte do petróleo importado é proveniente da Venezuela e entra no país através de um porto no sul do Estado da Luisiana, na região afectada pelo furacão.

O governo dos EUA propôs à Agência Internacional de Energia (AIE) que 44% dos 2 milhões de barris de petróleo diários de que o país necessita sejam provenientes das suas próprias reservas estratégicas, e que os restantes 56% provenham das reservas europeias, sob a forma de gasolina.

Antónia Mochan, porta-voz da União Europeia (UE), afirmou hoje em Bruxelas que especialistas dos 25 países membros vão estudar no próximo dia 9 a possibilidade de usar as reservas estratégicas comunitárias para ajudar os EUA, avança a mesma agência.

Mochan acrescentou que o uso das reservas estratégicas é uma questão que deve ser tratada em primeiro lugar na AIE, organismo de que fazem parte 17 dos 25 Estados-membros da UE.

A AIE deverá tomar uma decisão sobre o uso das reservas estratégicas na próxima quinta-feira.
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