Esta é, pelo menos, a opinião de António Carrapatoso, presidente da Vodafone Portugal e membro do movimento «Compromisso Portugal».
Para o gestor, a falta de transparência é particularmente crítica na área pública, onde temos «certos procedimentos que têm que existir, mas que não são muito claros», o que promove a corrupção. «Se, de modo geral, os mercados não funcionam bem, se não há concorrência nos mercados, é natural que isso também promova a corrupção», acrescenta.
Em declarações à «Rádio Renascença», Carrapatoso avança com algumas propostas para o sistema político. «O Parlamento deveria ter menos membros, mas mais responsabilizados», defende, mostrando-se simpatizante dos «círculos uninominais».
Ao nível local, «devia haver muito mais clareza de quem é a liderança. O partido mais votado devia assumir a responsabilidade da gestão e seria controlado pela assembleia municipal, com os vários partidos representados».
No geral, considera o empresário, «devia haver uma relação mais próxima entre políticos e eleitores, com uma responsabilização muito maior dos políticos», bem como «uma muito maior transparência no sector público, com decisões suficientemente documentadas, para se saber se foram bem tomadas e se reverteram em benefício do Estado».
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Corrupção é mais fácil em Portugal que noutros países
- Redação
- PGM
- 18 set 2006, 13:12
![António carrapatoso](https://img.iol.pt/image/id/171470/1024.jpg)
Portugal reúne mais condições para a prática da corrupção do que outros países.
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