Este valor repartiu-se entre os mercados de retalho e escritórios, de acordo com a última edição do estudo «European Capital Markets Bulletin», que analisa o mercado de investimento imobiliário na Europa e que foi recentemente divulgado pela Jones Lang LaSalle.
«O mercado de escritórios de Lisboa mantém-se como um dos principais alvos de investimento imobiliário em Portugal, mas à semelhança do que tem vindo a registar-se em anos anteriores, continua a ser marcado pela escassez de oferta», apontam.
Retalho apresenta melhores oportunidades
O sector de retalho, por sua vez, apresenta as melhores oportunidades de investimento no mercado imobiliário nacional e regista maior actividade que o dos escritórios. As prime yields fixaram-se nos 6% e nos 5%, respectivamente, no mercado de escritórios e no de retalho.
Por países, o destaque vai para o Reino Unido que concentrou 34% do volume de investimento, contudo o seu peso enquanto país de destino para investimento na Europa continuou a diminuir. O investimento em imobiliário nesta região alcançou os 46 mil milhões, cerca de menos 4% face a igual período do ano anterior.
Na Alemanha gastou-se mais 25%
A Alemanha continuou a beneficiar de uma forte procura de investimento com volumes a totalizarem os 26,6 mil milhões, um crescimento de 25% face ao total do ano de 2005. A actividade de investimento neste país representou, no primeiro semestre de 2007, cerca de 25% do total do investimento imobiliário directo na Europa.
Também a França foi alvo de um acentuado crescimento na actividade de investimento, com 15 mil milhões de vendas nos primeiros seis meses do ano, um volume que representa 13% do total investido na Europa e que está 6% acima do total registado durante o ano de 2005.
A Holanda foi outro país a registar volumes recorde de investimento neste primeiro semestre. Um investimento global de 6,6 mil milhões foi impulsionado por operações de grande dimensão quer de portfólios quer de activos únicos.
A Suécia, por sua vez, assistiu a um abrandamento da actividade de investimento, com o volume de 4,5 mil milhões a ficar abaixo dos 6,8 mil milhões registados em igual período de 2006. A Noruega registou uma performance semelhante, com o volume de apenas 2,2 mil milhões a representar cerca de menos de metade dos níveis do primeiro semestre de 2006. Ambos os mercados parecem estar a sentir um ritmo mais lento de operações em virtude de uma postura mais cautelosa dos investidores face à subida das taxas de juro.
Finlândia com níveis 30% acima
Em contraste, a Finlândia continua a registar um forte crescimento do mercado de investimento, com níveis 30% acima dos valores registados em 2006. O investimento neste país alcançou os 2,5 mil milhões, impulsionados pela procura de yields e de valorização.
Os mercados na Europa Central e de Leste também aumentaram a sua actividade com volumes em crescimento na Bulgária, República Checa, Roménia, Turquia e Ucrânia. A Rússia, por sua vez, assistiu a uma quebra nos volumes directos de investimento, apesar de, uma vez incluídas as operações contratadas a prazo, os volumes registarem crescimentos de mais de 50%.
Portugal concentra mais de 124 milhões em investimento imobiliário
- Redação
- MD
- 21 ago 2007, 12:41
Os principais negócios de investimento identificados em Portugal totalizaram 123,5 milhões de euros nos primeiros seis meses do ano.
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