Bush diz que Síria deve pôr fim à ocupação do Líbano - TVI

Bush diz que Síria deve pôr fim à ocupação do Líbano

George W. Bush

O presidente norte-americano, George W. Bush, voltou a pedir à Síria que ponha «fim à ocupação» do Líbano e acusou Damasco de exercer uma «vizinhança opressora» em relação àquele vizinho.

«A Síria deve pôr fim à ocupação do Líbano», disse Bush hoje em Bruxelas, acrescentando que este país deve também «deixar de apoiar o terrorismo».

A presença de tropas sírias no Líbano, há mais de três décadas, tem sido criticada com crescente insistência desde o violento atentado que há uma semana matou o ex-primeiro-ministro libanês Rafic Hariri.

Bush, que está na Europa numa «missão diplomática» destinada a sanar as divergências surgidas a propósito da guerra no Iraque, a que dedicou parte substancial do seu discurso, defendeu hoje um relançamento da aliança transatlântica que permita à Europa e aos Estados Unidos resolverem juntos os problemas do mundo.

O presidente norte-americano referiu-se também ao conflito com o Irão sobre o programa nuclear iraniano, insistindo em que o regime de Teerão «não deve desenvolver armas nucleares».

Os Estados Unidos acusam o Irão de desenvolver actividades nucleares com fins militares (fabrico de armas), uma alegação que Teerão rejeita, alegando que o seu programa nuclear se destina exclusivamente a fins civis (produção de energia).

George W. Bush falou ainda da Rússia, que considerou dever ser integrada nas estruturas euroatlânticas desde que «o governo russo renove o seu compromisso com a democracia e o primado da lei».

Para o presidente norte-americano, a Rússia deve aceitar e respeitar conceitos como a liberdade de imprensa, uma oposição política dinâmica, a partilha do poder e o primado da lei.

Como referiu, os países europeus devem colocar o respeito pelas regras democráticas à cabeça de qualquer diálogo com a Rússia.

No seu discurso, o presidente norte-americano referiu-se ainda ao aquecimento global (uma das questões que também contribuíram para a tensão entre os dois lados do Atlântico, devido à recusa dos Estados Unidos em assinar o Protocolo de Quioto) afirmando que as novas tecnologias poderão garantir, no futuro, um crescimento económico inócuo para o ambiente.

Bush iniciou hoje em Bruxelas uma digressão diplomática de quatro dias por vários países europeus que inclui uma passagem por Moscovo para um encontro com o seu homólogo russo, Vladimir Putin.
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