«Chegaríamos a uma dissolução do ganho por acção de cerca de 3%, resultado de uma sobreavaliação do BCR», caso o BCP consiga adquirir o BCR. Isto mesmo tendo presentes «outras alternativas de financiamento (relativamente à opção pelo aumento de capital), entre as quais a venda de outros activos, a apropriação de excesso de capital do BCR ou os recursos próprios do banco que lhe permitiriam reunir 1.2 milhões de euros», explica o JP Morgan.
«Estamos convencidos de que a administração do BCP vai lutar de forma agressiva pelo BCP, mesmo à custa de alguma desvalorização das acções no curto prazo, ao identificar o banco romeno como um negócio chave na estratégia de médio e longo prazo do BCP,num momento em que o mercado doméstico permanece enfraquecido e a Polónia e Grécia parecem insuficientes para transferir a fonte de receitas em termos geográficos», justifica o JP Morgan.
No caso do BCP perder a corrida a favor do Erste Bank, «as acções serão menos pressionadas, apesar de crermos que os investidores vão passar a incorporar o risco de aquisições daqui para a frente», prevê o banco de investimento.
No entretanto, termina o JP Morgan, «aguardamos a decisão final (que será divulgada durante o próximo mês) e não esperamos grandes alterações nos preços actuais das acções do BCP».
Os títulos do BCP negoceiam estáveis nos 2,14 euros.
Acções do BCP vão pagar factura da compra do banco BCR
- Alexandra Ferreira
- 14 nov 2005, 14:34
Se o BCP vencer o concurso para aquisição de 61,9% do capital do Banca Comerciala Romana (BCR), no curto prazo, as acções vão pagar a factura. Mas, ao contrário, no longo prazo, a integração do banco romeno na estrutura do BCP poderá ser «interessante». Quem o diz é o JP Morgan, numa previsão do comportamento dos títulos do BCP nos dois cenários, isto é, no caso de comprar o BCR ou de perder a corrida.
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