Em Portugal, os contratos já estão a valer mais 10 dólares do que o estabelecido para este ano, sendo que, por cada dólar a mais no preço do barril, Portugal desembolsa mais 110 milhões de euros por ano.
Pressionado por esta conjuntura, o PSI20 está a agravar as perdas da manhã, a cair 0,19% para os 7.677,55 pontos, pressionado sobretudo pelo BCP e pelo sector dos media.
Enquanto o maior banco nacional corrige dos ganhos da semana passada, quando surgiram rumores da entrada de um novo investidor estrangeiro no capital da empresa, e perde 0,47% para os 2,13 euros, no sector dos media, é a Impresa quem lidera as desvalorizações, a ceder 1,15% para os 5,18 euros, acompanhada pela Cofina que cai 1% para os 2,97 euros.
Quanto aos outros dois pesos pesados, a EDP está estável nos 2,25 euros e a PT acompanha nos 7,54 euros, valor mínimo que não atingia desde 2003.
A PT Multimédia distingue-se pelos piores motivos, a cair 1,25% para os 7,90 euros, com os analistas a defenderem que uma parceria entre a Media Capital e a Cabo Visão poderá pressionar a dona da TV Cabo e aumentar a concorrência no sector.
Do lado dos ganhos, o barómetro é favorável para a Altri, que regressa aos ganhos e atingiu hoje o seu máximo de sempre nos 1,47 euros, quando o seu último recorde se tinha verificado antes da empresa entrar para o PSI20 no passado dia 1 de Julho, nos 1,44 euros.
O BES está a ganhar 0,54% para os 13,07 euros, num dia em que anunciou uma nova campanha institucional de aproximação aos clientes no valor de 750 mil euros.
O sector da construção continua igualmente em alta, com a Cimpor a subir 0,22% para os 4,54 euros, acompanhado pela Mota-Engil, que sobe 0,32% para os 3,09 euros.
Na Europa, as principais praças negoceiam em queda. O CAC cai 0,22%, o DAX cede 0,37%, o FTSE perde 0,53% e o IBEX desvaloriza 0,23%.
Nos Estados Unidos, a abertura estará igualmente pressionada pelo preço do petróleo, com os principais índices a cederem mais 0,5%, caso se confirmem as previsões.
Furacão Katrina varre mercados nacionais com petróleo perto dos 71 dólares
- Alexandra Ferreira
- 29 ago 2005, 12:39
Com o petróleo a atingir esta manhã novos máximos históricos, perto dos 71 dólares por barril, os mercados mundiais estão em queda livre, com os analistas a anteciparem um impacto extremamente negativo nas economias nacionais que pagam o barril do petróleo a valores bastante acima dos preços medos estabelecidos para 2005.
Continue a ler esta notícia