Deutsche Bank reforça em Portugal com novas agências e mais contratações - TVI

Deutsche Bank reforça em Portugal com novas agências e mais contratações

deutsche bank 2

O Deutsche Bank (DB) Portugal afirmou que não vai comprar a rede de promotores na sua estratégia de retalho, revelou Bernardo Meyrelles de Souto, administrador responsável da área de «Private and Business Client», quando contactado pela «Agência Financeira».

Francisco Pinto Machado, director de business, development e marketing do banco, veio também reforçar esta ideia, «o negócio dos promotores é para se manter tal como foi desenhado desde o início. O que vamos fazer, e que segue a nossa estratégia de negócios nos próximos anos, é crescer também em paralelo com os promotores, através de uma rede própria, em locais onde os promotores não estejam implementados».

O administrador avançou ainda que a grande aposta do DB em Portugal é a rede de retalho. «Tivemos os melhores resultados de sempre em 2005 graças a uma grande aposta no retalho e ao grande crescimento que este deu. É um claro sinal de que o DB está completamente capacitado para ter uma margem de crescimento muito grande e que nos faz ver que é a aposta certa, desde o início», confirma Francisco Machado. Este mercado inclui, segundo os próprios, o chamado retalho tradicional, o private banking e também empresas. «É para ai que estamos a focar os nossos esforços, é nesse sentido, e só assim faz sentido, que estamos a abrir agências próprias e que continuar a apostar nos nossos parceiros, em que acreditamos».

É neste sentido que o banco alemão pretende reforçar em Portugal e, para isso, vai alargar a sua rede de balcões e promotores. «O incremento em Portugal vai ser conseguido através de uma maior presença de balcões. Vamos abrir bastantes», afirma o director. As agências já foram adquiridas, mas não adiantaram valores. «Foi um preço justo para aquilo que é uma boa recompensa. Uma win and win situation».

Relativamente aos promotores, revelaram que se vão manter no mesmo figurino, «uma espécie de franchising. Temos uma série de promotores a trabalhar bem e é obviamente para continuar». O banco afirma que já tem 37 agências de promotores, mais balcões próprios e que estes «se complementam».

O Deutsche Bank pretende, assim, expandir-se pelo território nacional, com especial enfoque nas grandes cidades, como Lisboa e Porto, mas ainda Guimarães, Braga ou na região do Algarve, entre outras. Contudo, adiantam que «não vão competir directamente com os principais bancos».

Quanto a números, não quiseram precisar, mas Bernardo Souto diz que abriram recentemente 10 agências em seis meses, e que vão tentar manter esse ritmo e, por isso, «poderão ter 20 agências abertas em um ano», sublinha. Já no que diz aos promotores, dos quais teria sido falado numa rede de 50, até final de 2008, o administrador diz que «também é uma questão de ritmo. Se abrimos 4 em seis meses, num ano teremos aberto 8, ou seja, em 2 anos estaria à volta dos 50». E afirma, ainda, que o banco não precisa de números, «estamos num processo de abertura de 4 promotores e abrimos cerca de 10 balcões. Vamos manter este ritmo sempre que o retorno o justifique».

O Deutsche Bank justifica este investimento pelos bons resultados verificados em 2005, no qual o quarto trimestre deu o grande impulso. «O produto bancário foi 50% acima da média do que o do 1º, 2º ou 3º trimestre. Foi o maior trimestre de sempre desde a existência do retalho em Portugal, desde 2001», certificam. Face a estes resultados do ano passado, o DB acredita «estar no bom caminho, graças ao retalho».

Para 2006, o banco não espera muitos resultados em termos de crescimento, uma vez que vão investir bastante, justificam. Já em termos de volumes, esperam um aumento significativo. Relativamente à gestão de activos, afirmam que o DB tem tido um volume de crescimento de 30% e que «é esse que esperam ter este ano».

Para estes novos balcões e promotores, o banco deverá contratar pelo menos 80 pessoas. Sem querer, mais uma vez, precisar números, dizem que «se em cada balcão no mínimo têm que estar quatro pessoas, naturalmente teremos que contratar algumas dezenas de pessoas. Estamos num processo de selecção e queremos contratar os melhores».
Continue a ler esta notícia