França: gestores sequestrados desde 3ª feira libertados - TVI

França: gestores sequestrados desde 3ª feira libertados

Mini-cimeira em Paris

Casos de trabalhadores descontentes a barricarem administradores repetem-se

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Trabalhadores franceses libertaram quarta-feira quatro gerentes que tinham barricado durante a noite numa fábrica do grupo Britain's Scapa, nos Alpes franceses, na sequência de uma disputa laboral por causa do encerramento daquela unidade, avançaram os próprios funcionários, citados pela Lusa.

Os gestores da fábrica de fita adesiva para a indústria, sedeada no sopé dos Alpes franceses, foram autorizados a sair para participarem nas negociações laborais, no gabinete do director daquela unidade de produção.

Os trabalhadores da Scapa impediram os gestores seniores de sair das instalações da fábrica depois das negociações sobre os termos do encerramento da unidade dos Alpes franceses, e bloquearam a saída com um camião, avançou Ian Bushell, director financeiro da Scapa's European, considerando que o protesto não foi agressivo.

Jean Jacques Van-Slambrouck, porta-voz dos trabalhadores da fábrica, disse posteriormente que os trabalhadores despedidos irão receber um extra de 1,7 milhões de euros em relação ao garantido pela legislação francesa.

Prática começa a tornar-se frequente

Os trabalhadores descontentes têm frequentemente feito os seus gerentes reféns, uma táctica que se tem repetido nas últimas semanas.

O presidente francês, Nicolas Sarkozy, denunciou terça-feira a estratégia de barricar os quadros superiores das fábricas como forma de pressionar as negociações laborais.

«Estamos num estado de Direito. Há leis para fazer cumprir e nós vamos garantir que elas são cumpridas», afirmou Sarkozy.

Em Março, trabalhadores das fábricas francesas das multinacionais Sony, Caterpillar e 3M prenderam os gerentes, para os obrigar a renegociar o encerramento das unidades produtivas e os despedimentos dos funcionários.

Em todos os casos, os gerentes ficaram detidos no interior das fábricas por um ou dois dias, depois de garantirem aos trabalhadores algumas concessões.
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