Crise nas famílias reais europeias com corte de «mesadas» - TVI

Crise nas famílias reais europeias com corte de «mesadas»

Princesa Eleonore da Bélgica

Bélgica corta pagamentos a membros da monarquia

A crise começa a afectar camadas inesperadas da sociedade, e chegou agora às famílias reais europeias.

A corrente começou na Suécia, onde milhares de compatriotas da princesa Victoria recusaram, através da rede social Facebook, que o seu casamento com Daniel Westling, agendado para 19 de Junho de 2010, fosse pago por fundos públicos. O portal reuniu 28 mil assinaturas contra a o pagamento estatal da boda, avançou o «El Periódico» da Coruña.

Agora a tendência chegou à Bélgica. No mês passado, a família real belga sentiu na pele os efeitos da crise e do «apertar o cinto» generalizado. O Parlamento do país decidiu por unanimidade limitar o pagamento de subvenções ao herdeiro do trono, ao monarca e à viúva ou viúvo do Chefe de Estado. Assim sendo, apenas continuam a receber dinheiro o príncipe herdeiro, Felipe, o rei Alberto II e Fabiola, viúva do Rei Balduíno.

Até aqui, a Família Real recebia 13,5 milhões de euros, distribuídos por 21 membros. Mas a comissão parlamentar belga para as Doações da Família Real chegou à conclusão que é necessário reduzir o número de membros da Casa Real que beneficiam do contributo dos cofres do Estado e criticam a «choruda mesada» que vai parar aos bolsos da rainha Fabiola, viúva do rei Balduíno: uma pensão vitalícia de 1,6 milhões de euros por ano.

Príncipes Astrid e Laurent ficarão de fora

De fora ficarão assim as subvenções pagas até agora a outros membros da Família Real, como os outros dois filhos de Alberto II com a sua esposa Paola, menores, Astrid e Laurent.

Astrid não deverá enfrentar problemas financeiros por causa disso, já que está casada com o arquiduque Lorenzo da Áustria, com quem tem cinco filhos. O marido da princesa ganha a vida (e bem, diga-se), como membro da administração de várias empresas e como gestor de investimentos de um banco.

Já o príncipe Laurent poderá ter a vida dificultada. O príncipe recebia 300.000 euros do Estado, mas o seu vício pelo luxo já lhe causou alguns problemas, incluindo uma ida a tribunal, acusado de ter «usufruído» de 175.000 euros de fundos desviados da Marinha mediante facturas falsas, dinheiro que teria sido investido em obras no seu chalé e que foi obrigado a devolver.
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