O Banco Central Europeu (BCE), reunido esta quinta-feira, decidiu manter a taxa de juro de referência para a Zona Euro nos 4%. A decisão vai de encontro ao esperado pelos analistas.
A impedir uma subida das taxas estão os receios de que a crise financeira desencadeada pelo crédito de alto risco (subprime) nos EUA e o elevado preço de várias matérias-primas, nomeadamente do petróleo, afectem o crescimento da economia da Zona Euro.
Não fossem as incertezas quanto ao crescimento económico e o BCE optaria certamente por um aumento da taxa de juro de referência, para combater as pressões inflacionistas que se fazem sentir na região. A inflação tem andado muito acima do tecto de 2% fixado pela instituição monetária como sendo seguro para a estabilidade de preços. Em Dezembro, a taxa fixou-se nos 3,1%, o nível mais alto dos últimos seis anos, devido precisamente à escalada do preço do petróleo e dos alimentos.
A estas acresce mais uma ameaça, a dos aumentos salariais, que os sindicatos reclamam e que o Banco Central prefere que sejam prudentes e moderados.
Também esta quinta-feira, o Banco de Inglaterra decidiu manter as taxas de juro no Reino Unido estáveis em 5,5%.
Do outro lado do Atlântico, no entanto, os EUA, economia mais penalizada pela crise hipotecária, deverão baixar a taxa de juro para 3,75% ainda este mês.
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BCE mantém juros por mais um mês
- Redação
- PGM
- 10 jan 2008, 12:56
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