Bruxelas aceita pedido de Portugal e debate alta dos combustíveis - TVI

Bruxelas aceita pedido de Portugal e debate alta dos combustíveis

Símbolo da União Europeia

União Europeia também está preocupada com rumo da situação

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A presidência eslovena da União Europeia aceitou o pedido de Manuel Pinho para que os 27 debatam quinta-feira, em Bruxelas, os problemas colocados com o aumento do preço dos combustíveis, segundo fontes diplomáticas, citadas pela «Lusa».

O ministro português deverá fazer uma exposição sobre a matéria na reunião prevista há vários meses dos ministros responsáveis pela Competitividade dos 27 e os restantes responsáveis europeus poderão reagir se assim o entenderem, disse à «Lusa» fonte da presidência eslovena.

A intervenção será feita na parte da reunião dedicada aos «pontos diversos», mas a introdução «à última hora» do tema não irá permitir que haja documentos para analisar ou que sejam tomadas decisões ou apresentadas conclusões sobre a matéria.

O Conselho Europeu irá avaliar os desenvolvimentos tendo em vista o aumento do preço dos alimentos e discutir as implicações para a UE, incluindo possíveis para a Política de Desenvolvimento, Política Comercial, Política Agrícola Comum e alterações climáticas e energéticas.

Governo português está preocupado

Manuel Pinho enviou terça-feira uma carta à presidência eslovena e à Comissão Europeia a pedir para que sejam identificadas medidas a curto e a médio prazo que possam minimizar o efeito negativo da escalada do preço do petróleo.

O ministro da Economia pedia que o tema fosse debatido no Conselhos da Competitividade (29 de Maio) e Energia (06 de Junho) «com a máxima urgência».

«O governo português considera muito importante debater esta situação, que tem raízes de curto e médio prazo», escreve Pinho na missiva.

A porta-voz da presidência eslovena em Bruxelas recordou que também já está agendado para a reunião de chefes de Estado e de Governo, a 19 e 20 de Junho em Bruxelas, um debate sobre as «implicações políticas dos elevados preços da alimentação».

Na carta dirigida ao ministro da Economia da Eslovénia e comissários europeu da Indústria e da Energia Manuel Pinho começa por explicar que «a situação criada pela subida de preço do petróleo está a ter um efeito negativo sobre a economia europeia, a vários níveis e é preocupante».

O ministro destaca os efeitos negativos sobre o crescimento da economia, o poder de compra das famílias e a competitividade das empresas, em particular as pequenas e médias, «que são a espinha dorsal da economia europeia».

Manuel Pinho quer que os 27 identifiquem em conjunto, no curto prazo, «as linhas de resposta que é possível dar».

No que respeita ao médio prazo, o responsável português considera que os 27 já têm vindo a trabalhar em «boas soluções», como o aumento da eficiência energética, da modernização do sistema de transportes, da criação do mercado único de energia, da maior utilização de energias renováveis e numa política industrial sustentável.
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