BCE avisa que pode subir juros em Julho - TVI

BCE avisa que pode subir juros em Julho

Euribor

Inflação está alta e vai continuar assim

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O Banco Central Europeu admite vir a mexer nas taxas de juro no mês que vem. Mas não é para baixo. Uma possível subida que pode ser a pior das notícias para muitas famílias, que têm créditos contraídos, sobretudo à habitação.

O presidente da instituição, Jean-Claude Trichet, afirmou nuna conferência de imprensa que decorreu depois da reunião em que o BCE decidiu, mais uma vez, manter as taxas de juro nos 4%, que «os riscos para os preços aumentaram».

Inflação ameaçadora

A estabilidade de preços, que passa por manter a inflação controlada, de preferência abaixo dos 2%, é o principal objectivo do banco central e está cada vez mais difícil de alcançar, já que, em Maio, a taxa de inflação da Zona Euro subiu para 3,6%, o valor mais alto em 16 anos.

O BCE acredita que a inflação continuará elevada por mais algum tempo. Ao mesmo tempo, reviu em alta as suas previsões de crescimento económico para a área do euro para um máximo de 2,1% este ano, o que deixa alguma margem para uma subida dos juros, apesar dos receios internacionais de abrandamento económico.

Podemos alterar os juros em Julho

Trichet foi muito claro ao abrir a porta a uma alteração do preço do Pinheiro em Julho: «há uma grande determinação para assegurar a travagem da inflação», quando, por outro lado, «a procura interna e externa deverão apoiar o crescimento durante este ano». Por isso mesmo, «apesar de não ser certo, é possível que alteremos as taxas de juros em Julho», afirmou,

Já este mês «alguns pensavam que havia argumentos para aumentar as taxas, outros pensavam que não. Consideramos que não está descartada a possibilidade de alterarmos as taxas de juro», reiterou.

As reacções não se fizeram esperar e as obrigações estão já a subir nos mercados.

Economia resistente

Trichet reiterou que a subida da inflação se deve sobretudo aos produtos alimentares e dos combustíveis, o que pressiona o BCE a ajustar as suas previsões económicas para 2009. O banco central aposta agora, para 2008, num crescimento de 1,5 a 2,1% em 2008 (face às anteriores expectativas de 1,3 a 2,1%, e aponta para uma inflação de 3,2 a 3,6% para este ano (em vez dos anteriores 2,6 a 3,2%). Para 2009, as previsões são agora de 2,8 a 3% e não de 1,5 a 2,7%.

O BCE aproveitou também para voltar a expressar preocupação com os salários, factor que pode acrescentar pressão altista à inflação.
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