Montenegro ironiza com a "preocupação" do PS: "Queriam manter a afinidade partidária das pessoas" na Santa Casa da Misericórdia de Lisboa - TVI

Montenegro ironiza com a "preocupação" do PS: "Queriam manter a afinidade partidária das pessoas" na Santa Casa da Misericórdia de Lisboa

  • CNN Portugal
  • 30 abr, 14:19

Ex-ministra socialista Ana Jorge, até aqui provedora da instituição, foi exonerada. Primeiro-ministro diz que é preciso "desdramatizar" e assume falta de confiança na atual administração - acusada pelo Governo de "atuações gravemente negligentes"

O PS acusa o PSD de ter em curso um saneamento político - não só na Santa Casa da Misericórdia de Lisboa -, o primeiro-ministro reage: não há saneamentos, há é falta de confiança em quem manda na Misericórdia. E até ironiza: o PS dramatiza porque vê gente de confiança do PS a deixar a instituição.

"Não há saneamento político nenhum. Aliás, eu creio que quem fala em saneamento político porventura queria garantir a manutenção de alguma afinidade partidária das pessoas que vão cessar funções na Santa Casa da Misericórdia. Estão, se calhar, preocupados com isso. Nós não estamos preocupados com isso. Nem é por essa razão que as pessoas vão ser exoneradas", afirmou Luís Montenegro esta terça-feira, em declarações aos jornalistas.

O primeiro-ministro assumiu que não confia na administração agora exonerada: "A Santa Casa da Misericórdia de Lisboa está numa situação dificílima do ponto de vista financeiro e do ponto de vista da garantia e da salvaguarda das suas funções sociais. Não estão criadas as condições para que esta administração que vem de trás possa estabelecer essa relação com a tutela e nós vamos criar essas condições para quê?".

Luís Montenegro espera ainda que haja menos drama com o caso. "Não se pode pedir ao Governo que assuma uma responsabilidade que, à partida, nós não estamos em condições de assumir com uma administração na qual nós não temos essa garantia. E, portanto, isso é normal. É preciso desdramatizar."

Antes destas declarações, o Governo acusou Ana Jorge de "atuações gravemente negligentes" e de ignorar "todos os pedidos de informação". A exoneração foi anunciada segunda-feira e consumada esta terça-feira. O PS diz que vai ser alguém do universo do PSD - "domesticável" - a suceder a Ana Jorge.

Entretanto a AD anunciou que vai viabilizar a ida ao Parlamento da ministra do Trabalho, Maria do Rosário Palma Ramalho, e da própria Ana Jorge.  "Queremos total transparência, total escrutínio", afirmou Hugo Soares, líder parlamentar do PSD.

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