Vara: «Espero que este pesadelo termine hoje» - TVI

Vara: «Espero que este pesadelo termine hoje»

  • Redação
  • JF e Cláudia Rosenbusch
  • 27 nov 2009, 14:10

Administrador suspenso do BCP volta a ser interrogado em Aveiro

Relacionados
Armando Vara disse esta sexta-feira aos jornalistas que tem esperança que o «pesadelo» que tem vivido nas últimas três semanas termine hoje».

À entrada do Juízo de Instrução Criminal (JIC), em Aveiro, o antigo governante socialista reiterou ainda que «a acusação [de que é alvo no processo Face Oculta] é falsa»: «É mentira a acusação de que recebi dinheiro». E «não tem a correspondente prova», concluiu o arguido, que conhece esta sexta-feira as medidas de coacção no âmbito do processo Face Oculta.

O gestor garantiu ainda que está «tão tranquilo como da primeira vez» que se deslocou ao JIC de Aveiro e que a sua expectativa é a de que este «pesadelo», que tem afectado os seus «filhos, pais e amigos» termine hoje.

Questionado sobre se tem conversado com um dos seus amigos, José Sócrates, Vara respondeu que «são conversas privadas».

De acordo com a investigação, o antigo ministro socialista terá solicitado e recebido dez mil euros do empresário de Ovar para exercer a sua influência junto de titulares de cargos governativos ou políticos, titulares de cargos de direcção ou de pessoas com capacidade de decidir ou com acesso a informação privilegiada, para beneficiar as empresas de Godinho.

Sobre o alegado pedido de 10 mil euros, fonte da defesa adiantou ao «tvi24.pt», aquando do primeiro dia de interrogatório, a 18 de Novembro, que nada constava dos elementos consultados.

O juízo de instrução criminal de Aveiro disponibilizou ao arguido os alegados indícios constantes dos autos, por forma a preparar a sua defesa, mas Vara nunca teve acesso às polémicas escutas com o primeiro-ministro, José Sócrates, cuja destruição o presidente do Supremo Tribunal de Justiça determinou.

Recorde-se que Armando Vara integra segundo a investigação uma «rede tentacular» criada pelo empresário de Ovar, Manuel Godinho, principal arguido do processo «Face Oculta», com vista a privilegiar as suas empresas nos contratos de recolha, armazenagem, triagem e tratamento de resíduos com empresas participadas pelo Estado.
Continue a ler esta notícia

Relacionados