GNR: linha telefónica para evitar suicídios - TVI

GNR: linha telefónica para evitar suicídios

  • Portugal Diário
  • 19 out 2007, 19:02

Guarda vai dar apoio psicológico ao efectivo. Cinco casos este ano

A GNR criou uma linha telefónica para apoio psicológico ao seu efectivo, de modo a evitar suicídios nos guardas, entre os quais se registaram já este ano cinco casos, disse hoje à Lusa o porta-voz daquela força militarizada.

A linha, de chamada gratuita, vai funcionar permanentemente e conta com uma equipa constituída por três elementos da GNR com formação em Psicologia e dois psicólogos civis, que se vão revezar de modo a darem apoio aos guardas a qualquer hora, todos os dias.

A iniciativa é anunciada num folheto assinado pelo próprio comandante geral da GNR, general Mourato Nunes, o qual tem vindo a ser distribuído por todos os postos e instalações da Guarda Nacional Republicana.

«A vida é um bem precioso», «Tu mereces viver¿Diz não ao suicídio», realça a capa do desdobrável. «A Linha de Apoio Psicossocial da GNR destina-se a ajudar os militares e civis da Guarda a ultrapassar situações profissionais ou pessoais difíceis», explica o folheto.

Entre os indícios que podem constituir «sinais de alarme» são apontados a exaustão, confusão, ansiedade, pânico, sensação de opressão, raiva, culpa, rejeição e tensão crónica, refere o folheto.

«O que você sente pode mudar, e nós sabemos como. Se por acaso pensou em suicídio, falar sobre o assunto irá ajudá-lo(a). Peça ajuda. Você merece! Você é muito importante para nós¿», lê-se no texto antes da rubrica de Mourato Nunes, que dirige «um abraço» ao efectivo da Guarda.

Os cinco casos de suicídio registados este ano na GNR, «à partida, não tiveram a ver com a actividade operacional», disse à agência Lusa o mesmo porta-voz, tenente-coronel Costa Cabral, que não dispunha de elementos sobre as circunstâncias em que ocorreram, nomeadamente se foram praticados com arma de serviço.

A criação de uma linha telefónica para prevenir suicídios não é inédita nas forças de segurança portuguesas. A PSP dispõe de um serviço idêntico a funcionar há cinco anos, também através de uma linha verde (gratuita), igualmente a funcionar 24 horas/dia, disse à Lusa o porta-voz desta Polícia.
Continue a ler esta notícia